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Curitiba,
03/02/2025 – A Fazenda Parolin, uma das maiores áreas de preservação
ambiental do país, localizada em Santa Catarina, nos municípios de
Itaiópolis e Santa Terezinha, com aproximadamente 133.000.000 metros
quadrados, iniciou a regularização fundiária da região. Mais de 70
pessoas já estão em negociação e 13 acordos foram firmados, um ponto a
favor do fim do imbróglio que envolve crimes como desmatamento ilegal.
“Estamos
desenvolvendo um trabalho forte com a comunidade em prol do futuro do
local por meio da regularização fundiária. Por meio de acordos
facilitados com os posseiros, conseguimos expedir a matrícula de cada
área e tornar o morador o proprietário do imóvel. A empresa tem se
esforçado para oferecer condições de pagamento pelas áreas totalmente
facilitadas, com preços abaixo do mercado e parcelamento em até oito
vezes. Com a mediação da Comissão de Soluções Fundiárias do Poder
Judiciário do Estado de Santa Catarina, presidida pelo Desembargador
João Eduardo de Nadal, será viabilizado o maior programa de
regularização fundiária do estado, com centenas de pessoas
beneficiadas", conta Pietro Parolin Ceccatto, advogado da Fazenda
Parolin.
Atualmente, a Fazenda Parolin tem uma área equivalente a
quase 70 parques Ibirapuera e, até hoje, alguns invasores desmatam
ilegalmente, exploram irregularmente o solo e erguem construções
destruindo a natureza e o bioma do local. A comunidade local testemunha
silenciosamente a atuação de uma organização criminosa que explora as
matas nativas durante o dia e transportam as madeiras na noite para
serrarias da região.
Nos últimos 30 anos, 12 municípios de Santa
Catarina estão entre os 100 que mais desmataram no país, informou a
Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) e Santa Terezinha, local da fazenda, está entre a
recordista. A Lei da Mata Atlântica permite o desmate do bioma em casos
excepcionais, e os ocupantes construíram uma verdadeira cidade no local,
com luz elétrica e toda a infraestrutura. “A regularização fundiária é
essencial para trazer segurança para o local e preservar a mata”,
completa o advogado.
Sobre a Fazenda Parolin A
Fazenda Parolin nasceu entre os anos de 1945 e 1955, quando Antônio
Parolin adquiriu duas propriedades no interior de Santa Catarina com o
objetivo suprir sua serralheria no bairro Parolin, em Curitiba (PR). A
fazenda chegou a ter mais de 200 funcionários e, após a queda no mercado
da madeira, em 1980, bem como a instalação de um assentamento de sem
terras pelo INCRA, as atividades no local se encerraram.
Com
isso, vieram as invasões e a extração ilegal de madeira que continua até
hoje. Em setembro de 2024 foi firmado um contrato entre a Greenfield
Empreendimentos Ltda. e a A. Parolin, com a finalidade de se instituir
uma S.A., firmar acordos com os posseiros para regularização da terra,
consolidar parte da área em uma reserva ambiental, bem com levar
projetos sociais sustentáveis para a região, tendo a gestão da empresa
Greenfield. Parte da área da Fazenda Parolin, cerca de 1,3
mil hectares, foi desapropriada pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA) em 1987, resultando no assentamento de 49
famílias dentro do projeto 25 de Maio, sendo que o INCRA ainda não
indenizou a empresa pela desapropriação, que nos dias de hoje passa de
500 milhões de reais. O imóvel não desapropriado é alvo de mais de 100
ações de usucapião e 37 ações de reintegração em tramitação na comarca
de Rio do Campo (SC), em uma situação controversa que envolve inúmeras
implicações sociais, ambientais e jurídicas.
Maria Emilia Silveira P+G Trendmakers Fone: (41) 99894-1981 Email: emilia@pmaisg.com.br Site: www.pmaisg.com.br |
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