São Paulo, 3 de fevereiro de 2025 – Amanhã, terça-feira, dia 4 de fevereiro é reconhecido como o Dia Mundial do Câncer,
uma iniciativa global liderada pela União Internacional para o Controle
do Cancro (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá
registar mais de 600 mil novos casos de câncer até ao final deste ano. O
aumento do número de casos está associado ao envelhecimento da
população e à persistência de fatores de risco como o tabagismo,
sedentarismo, obesidade e uma alimentação inadequada. Embora fatores
genéticos também desempenhem um papel no desenvolvimento de vários tipos
de câncer, estudos indicam que aproximadamente 40% dos casos podem ser
evitados através de mudanças simples no estilo de vida.
Entre
as principais medidas preventivas destacam-se a adoção de uma dieta
equilibrada, com baixo consumo de açúcar e gorduras, evitando fritos e
alimentos processados. A inclusão regular de frutas, legumes e verduras
na alimentação tem um papel crucial na redução do risco de cancro. Além
disso, a prática constante de atividade física é essencial para uma vida
mais saudável e livre de doenças.
Mas como pode a acreditação ajudar na prevenção do câncer? A
acreditação é um processo de avaliação que verifica se as instituições
de saúde cumprem rigorosos padrões de qualidade e segurança no
atendimento. Este processo não só assegura que as melhores práticas
sejam aplicadas em todas as fases do cuidado ao paciente como contribui
diretamente para a prevenção de doenças, ao garantir que cada paciente
receba um tratamento humanizado, adequado e eficaz.
Para
Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA – Organização
Nacional de Acreditação - a qualidade na saúde vai além da excelência
assistencial dentro das instituições. A Organização Nacional de
Acreditação (ONA) tem um papel fundamental ao incentivar que as
organizações de saúde, sejam públicas ou privadas, desenvolvam programas
de prevenção voltados à sociedade. “A promoção da saúde e a prevenção
de doenças são pilares essenciais para um sistema de saúde mais
eficiente e sustentável. Acreditamos que, por meio de orientações,
iniciativas e boas práticas, é possível impactar positivamente a vida da
população, reduzindo a incidência de doenças e promovendo o bem-estar
coletivo. Nosso compromisso é apoiar e incentivar as organizações de
saúde a assumirem essa responsabilidade, tornando a prevenção um
elemento central em suas estratégias e contribuindo para um futuro mais
saudável para todos", complementa.
Prevenção e diagnóstico precoce:
A acreditação incentiva as instituições de saúde a implementarem
programas de rastreio e de educação sobre a prevenção do câncer. Estas
iniciativas incluem campanhas de sensibilização sobre fatores de risco
(como o tabagismo, dieta e exposição ao sol) e rastreios regulares, como
exames específicos, que ajudam a identificar a doença em estágios
iniciais, quando as chances de um tratamento eficaz são maiores.
Acreditação das instituições de saúde:
Para serem acreditadas, as instituições devem seguir protocolos
clínicos baseados em evidências científicas, como diretrizes para o
acompanhamento de pacientes com fatores de risco para o cancro. Isso
resulta numa abordagem mais proativa na prevenção e diagnóstico da
doença.
Segurança do paciente:
A acreditação também se concentra na segurança do paciente, prevenindo
erros médicos e melhorando a qualidade dos tratamentos. Isso inclui a
implementação de sistemas que garantam a correta realização de exames e
tratamentos, reduzindo o risco de diagnósticos incorretos ou atrasados.
Cenário de acreditação no Brasil - Das mais de 380 mil organizações de saúde instaladas no País, segundo CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), 1932 são acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,1% no mercado de acreditação, o que corresponde amais de 1.500 organizações
de saúde acreditadas, dos quais 422 são hospitais. Deste montante,
0,45% das instituições de saúde estão certificadas no Brasil.
Considerando que 68,4% (917) são de gestão privada; 22,2% (298) são de
gestão pública; 8,3% (111) de gestão filantrópica e 0,1% (gestão
militar).
Atualmente,
61% das instituições acreditadas pela ONA estão concentradas na região
Sudeste. O Sul é responsável por 12,7%; Nordeste 12,1%; Centro-Oeste,
11,4% e Norte por 2,8%. www.ona.org.br
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