Os
nove servidores públicos presos no dia 14 de agosto, suspeitos de
envolvimento em um esquema fraudulento de comercialização de licenças
ambientais, em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, foram denunciados
pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), na quinta-feira (29). O grupo é
investigado por receber propina para liberação de obras em
empreendimentos imobiliários para empresários da região. Investigados
foram denunciados por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e
passiva, por integrarem organização criminosa e por falsidade
ideológica. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial
de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), o grupo criminoso
atuava há anos dentro da Prefeitura de Porto Seguro, com alguns de seus
integrantes se valendo da função de servidor público para solicitar
propina com o objetivo de facilitar as licenças ambientais de grandes
empreendimentos imobiliários. Conforme a denúncia, trata-se de uma
organização criminosa formada por um núcleo público de servidores e
outro núcleo privado. Em fevereiro deste ano, um dos denunciados foi
afastado do serviço público e desde então passou a atuar no núcleo
privado, junto aos empresários. O g1 tenta contato com a Prefeitura de
Porto Seguro, mas não conseguiu até a última atualização desta
reportagem. Em agosto, quando os servidores foram presos, a gestão
municipal informou que não fazia parte do processo judicial e que
colaborava com as investigações.
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