POLITICA LIVRE
Ao menos 39 pessoas morreram e 130 ficaram feridas em uma explosão durante um comício na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão, neste domingo (30).
“Posso confirmar que no hospital há 39 mortos e 130 feridos, incluindo 17 pacientes em estado grave”, informou Riaz Anwar, representante local do Ministério da Saúde. O balanço foi confirmado pelo governador da província, de acordo com a agência de notícias AFP.
“Um funcionário do partido deveria discursar na área, mas, antes que ele chegasse, um explosão aconteceu”, disse à AFP Akhtar Hayat Gandapur, inspetor-geral da polícia da província de Khyber Pakhtunkhwa, que fica perto da fronteira com o Afeganistão.
O ataque foi dirigido contra o partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), conhecido por suas ligações com o islamismo radical na antiga área tribal de Bajaur. O partido realizava uma reunião na cidade de Khar, como parte da preparação para eleições no final do ano.
O Paquistão tem observado um ressurgimento de ataques de militantes islâmicos desde o ano passado, quando um cessar-fogo entre o grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) e Islamabad foi rompido. No entanto, a maioria dos ataques recentes tem sido direcionada a forças de segurança.
O TTP, conhecido como o Talibã paquistanês, tem vínculos, mas não faz parte diretamente do mesmo grupo que tomou o poder no Afeganistão no ano passado. O grupo, formado por radicais que desejam substituir o atual governo por um regime islâmico linha-dura no Paquistão, tem realizado ataques cada vez mais constantes.
O Tehreek-e-Taliban Pakistan não é o único grupo a realizar ataques na região, que também tem sido alvo de uma nova frente do Estado Islâmico local.
O país também tem enfrentado um agravamento da situação de segurança desde que o Talibã retomou o poder no Afeganistão, em agosto de 2021. Além disso, crise econômica, inflação e desemprego vêm se avolumando e podem ter levado cerca de 350 migrantes paquistaneses a morrer em um barco que naufragou em junho, no litoral da Grécia.
Folhapress
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