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Dra. Lorena Botelho, sócia do Peck Advogados, está à disposição para entrevistas.
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Em teste, o Real Digital vai adicionar Brasil entre os países pioneiros na virtualização do sistema financeiro
O
Real Digital começará a ser implementado ainda este mês, mas em fase
piloto. A moeda será liberada para os primeiros usuários e deve estar
disponível ao público geral, no entanto, apenas em 2024. O projeto do
Banco Central (Bacen) visa modernizar o sistema bancário e como utilizar
o dinheiro. Tal medida faz parte de uma série de iniciativas da
autoridade monetária rumo à digitalização da economia do País, de modo
que o Brasil possa acompanhar os avanços tecnológicos e esteja mais
preparado para a chamada web3.
Classificada
como CBDC (Central Bank Digital Currency – moeda digital de banco
central), o Real Digiral será produzido e regulado pelo BC, seguindo as
normas vigentes da política monetária nacional.
Recentemente,
o Bacen anunciou que irá criar uma blockchain própria para o Real
Digital e que a inspiração para este desenvolvimento é o Ethereum. Tendo
como principais objetivos diminuir os custos de operações bancárias –
como a emissão de papel-moeda – e ampliar o contingente de pessoas no
mercado financeiro e facilitar o acesso dos brasileiros a recursos
financeiros por meio da tecnologia.
“No
futuro, o Real Digital poderá ser utilizado em qualquer país do mundo,
sem necessidade de conversão, inibindo, por exemplo, crimes como a
lavagem de dinheiro. Além disso, o Real Digital poderá facilitar, por
exemplo, o uso de contratos inteligentes (smart contracts), no que é
chamado como “dinheiro programável””, afirma Lorena Botelho, sócia do
Peck Advogados.
A
previsão é de que o Real Digital tenha o potencial para aprimorar a
eficiência do mercado de pagamentos de varejo, além de promover a
competição e a inclusão financeira para a população que ainda não é
adequadamente atendida pelos atuais serviços bancários.
A
intensão é que, futuramente, o Real Digital possa ser utilizado em
qualquer país, sem que haja a necessidade de conversão de moeda – uma
prática que ajudaria a inibir crimes de lavagem de dinheiro, por
exemplo.
O
Real Digital não será uma criptomoeda, uma vez que será regulamentada
inteiramente pelo Banco Central, diferente das criptomoedas que possuem
gestão descentralizada. Ademais, para o mercado financeiro as
criptomoedas são ativos de investimento, o plano é que o Real Digital
seja uma moeda nacional.
“Vale
destacar que apesar de ter sido confirmada em dezembro de 2022, a
projeção de implementação da moeda é apenas para a primeira metade de
2024, ficando ainda em fase de teste durante todo o ano de 2023”, afirma
Lorena.
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