MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 5 de novembro de 2022

“O agro está triste, mas é hora de seguir adiante”, diz Tereza Cristina

 


Ex-ministra da Agricultura, senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul avalia que Bolsonaro assumirá papel de líder da direita e da oposição a Lula


Tribuna da Bahia, Salvador
05/11/2022 06:00 | Atualizado há 14 horas e 16 minutos

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Foto: Divulgação

Por André Borges

Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

Fonte: Agência Estado

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