Alternativas que ofereçam cobertura para doenças graves motivam a procura pelo produto. Mudança no perfil do consumidor mudou durante a crise sanitária
1 dia, 12 horas e 7 minutos
Foto: DivulgaçãoPor Lily Menezes
A sabedoria popular diz que ‘uma pessoa prevenida vale por duas’. Depois da chegada da maior crise sanitária da história recente, a busca por seguros de vida manteve um bom ritmo de crescimento. Contudo, quem pensa que é cedo demais para poder adquirir esse tipo de produto precisa rever um pouco mais essa ideia: do início da pandemia até o momento, a busca por seguros de vida entre a turma mais jovem, dos 18 aos 34 anos, saltou de 7% para 31%, confirmando uma mudança de paradigma monitorada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), órgão que agrega empresas de seguros de pessoas e previdência privada. Mudou também o momento de acionar o seguro: a busca por prêmios que possam ser usufruídos ainda em vida cresceu 24%, de acordo com o balanço divulgado na última quinta-feira (13) pela FenaPrevi.
Esse tipo de seguro costuma garantir assistência ao paciente em caso de doenças graves, como cardiopatias, neoplasias e distúrbios neurológicos. Na Bahia, entretanto, a participação na contratação de seguros para pessoas ainda é pequena: o Estado representa apenas 2,73% do total de mercado, segundo informações coletadas pela reportagem da Tribuna no Painel de Inteligência do Mercado de Seguros, mantido pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Foram R$ 1 bilhão de contribuições até o mês de agosto. Mesmo assim, os seguros de vida são maioria, somando 46,57% dos prêmios. Entre 2021 e 2022, o crescimento real desse tipo de proteção foi de 12,36%. A maior alta de contratações aconteceu nos seguros viagem, que disparou 182,77% nesse intervalo, justificada pelo reaquecimento do setor turístico e a volta ao ‘normal’.
Durante a Mesa-Redonda do Seguro, o presidente da FenaPrevi Edson Franco atribuiu o crescimento dos seguros de vida ao aumento no nível de conscientização do consumidor, sobretudo com o cenário de incertezas e a consequente necessidade de proteção. “Independentemente da pandemia, independentemente da Covid, o ritmo de crescimento do seguro de vida é diferente do de outros seguros. É o seguro, talvez, mais comprado, que as pessoas vão procurar pela cobertura”. Contudo, é necessário que os seguradores e corretores sigam alertando os clientes para começarem a sua prevenção com mais brevidade. “Acho que o grande desafio é, e sempre será, sensibilizar o jovem da importância de um produto de longo prazo. Quando a gente é jovem, a gente se acha imortal, não tem muita noção da própria mortalidade e da finitude. Então, é um trabalho de conscientização a várias mãos”, avaliou Franco.
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