BAHIA NOTICIAS
por Isabela Palhares | Folhapress
São Paulo confirmou neste sábado (11) o segundo caso de varíola
do macaco no estado. O paciente é um homem de 29 anos, que está isolado
em sua residência em Vinhedo (a 85 km de SP).
O caso é considerado importado, já que o paciente tem histórico de
viagem para Portugal e Espanha e teve os sintomas e as primeiras lesões
na pele ainda na Europa.
O primeiro caso da doença foi confirmado na quarta-feira (8) também
em um homem de 41 anos que tinha viajado para os mesmo países. Ele segue
internado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com
boa ecolução do quadro clínico, segundo o governo do estado.
O resultado positivo deste segundo caso foi confirmado por um
laboratório espanhol, após o desembarque do homem no Brasil nesta
quarta-feira, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Há ainda um outro caso em investigação desde a semana passada, de uma
mulher de 26 anos, moradora da capital paulista. Neste caso, a paciente
não tem histórico de viagem a outros países.
Em todo o país, há pelo menos oito casos suspeitos da varíola dos
macacos em investigação, conforme nota do ministério divulgada na
quarta. São pessoas que moram em Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do
Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar o avanço da doença.
No mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabiliza mais de
1.000 casos confirmados em 29 países. Nenhuma morte foi registrada.
A doença é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero Orthopoxvirus.
Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola,
doença erradicada em 1980.
Embora tenham suas semelhanças, existem diferenças entre as duas
doenças. Uma delas é a letalidade: a varíola matava cerca de 30% dos
infectados. Já a varíola dos macacos conta com uma taxa de mortalidade
entre 3% a 6%, segundo a OMS.
Os sintomas mais comuns aparecem dentro de seis a 13 dias após a
exposição, mas podem levar até três semanas. As pessoas que adoecem
geralmente apresentam febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos
músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.
Cerca de um a três dias após a febre, a maioria das pessoas também
desenvolve uma erupção cutânea dolorosa característica desse gênero de
vírus. A erupção pode começar no rosto, nas mãos, nos pés, no interior
da boca ou nos órgãos genitais do paciente e progredir para o resto do
corpo.
A doença já era conhecida, mas vinha sendo registrada principalmente em países africanos. O que deixou a comunidade científica em alerta foi a disseminação rápida do vírus para outros países fora da África.
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