MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 11 de junho de 2022

Ingresso de Sério Moro na política registra três derrotas sucessivas antes das eleições

 



Moro assume cargo de diretor em empresa norte-americana de consultoria

Com eleição garantida, Sérgio Moro será um superdeputado

Carlos Newton

Sérgio Moro é um brasileiro notável e deve contar com a solidariedade dos cidadãos de bem. Conseguiu vitórias sensacionais, ao julgar os processos da Operação Lava Jato, conduzidos pela tríplice força-tarefa da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita, que encurralaram e desfizeram o maior esquema de corrupção já identificado no mundo.

Seus julgamentos foram realizados com bases em provas concretas que comprovaram delações judiciais sobre as relações espúrias entre políticos e empresários. As sentenças foram confirmadas nas duas instâncias superiores, sempre por unanimidade. Um trabalho extraordinário, que o Brasil deve a Moro e mais nove magistrados, incluindo a juíza Gabriela Hardt, que condenou Lula no sítio de Atibaia.

RELAÇÕES NEFASTAS – Não importa que as nefastas relações de ministros do Supremo com políticos e empresários tenham contribuído para anular parte do trabalho do então juiz Sérgio Moro, seriamente prejudicado pela infantilidade de procuradores da Lava Jato, que se divertiam em conversas fiadas por celulares.

Não importa também que, nesses telefonemas, não exista uma só indicação de conluio ou parcialidade do juiz. O fato é que as supostas “provas” obtidas por hackers a soldo foram consideradas “legais” pelo ministro Ricardo Lewandowski, e de cambulhada sete dos ministros do Supremo consideram Moro “parcial”.

Nada disso importa, porque os cidadãos de bem sabem que Moro jamais foi “parcial”, ao contrário da grande maioria dos integrantes desta Suprema Corte, a mais desmoralizada da era republicana. E a História há de fazer justiça a Moro, ninguém se iluda a respeito.

NA POLÍTICA – Bem sucedido como consultor jurídico, Moro desprezou um altíssimo salário, jamais pago a nenhum outro jurista brasileiro, largou tudo para entrar na política e voltar a servir ao país.

Optou pelo partido Podemos, do amigo Alvaro Dias, sem perceber que sua candidatura presidencial só interessaria à legenda se mostrasse condições de vitória logo de saída, devido aos altos custos da campanha.

Na undécima hora, caiu numa armadilha e filiou-se ao União Brasil, braço auxiliar do Centrão, cujo interesse era justamente afastar Moro da disputa. Agora, barrado em São Paulo, só poderá ser candidato no Paraná.

MAIS PROBLEMAS – O União Brasil não tem candidato a governador, mas no Paraná o partido é dominado por Fernando Francischini, deputado bolsonarista que acaba de ser novamente cassado pela Segunda Turma do Supremo.

Além disso, Moro não pode ser disputar o Senado, pois estará prejudicando o velho amigo Alvaro Dias, que sempre lhe deu apoio e o convenceu a entrar na política.

Portanto, só lhe resta a candidatura a deputado federal, cargo também almejado por sua mulher Rosângela e pelo amigo Deltan Dalagnol, filiado ao Podemos.


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