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domingo, 12 de junho de 2022

Economistas do mercado elevam para 9% a estimativa de inflação, diz Banco Central


Charge: Inflação cresce e assusta consumidor com produtos mais caros - Jota  A! - Portal O Dia

Charge do Jota A (O Dia/PI)

Alexandro Martello
g1 — Brasília

O mercado financeiro elevou de 7,89%, no final do mês de abril, para 9% a estimativa para a inflação neste ano. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

O último relatório com projeções do mercado financeiro havia sido tornado público em 2 de maio, com informações coletadas em 29 de abril. As divulgações foram interrompidas por conta da greve dos servidores do BC, que acontece desde o dia 1º de abril. O pedido é de um reajuste salarial de 27%.

ACIMA DO TETO – O documento divulgado nesta segunda, porém, não traz as estimativas completas. Foram publicadas somente informações para os principais indicadores da economia (inflação, PIB, juros e câmbio).

A projeção segue acima do teto do sistema de metas de inflação, que é de 5% em 2022. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

No entanto, desde o ano passado, os analistas do mercado já preveem a inflação em 2022 acima do teto da meta. No fim de março, o BC admitiu que a meta de inflação deve ser superada novamente neste ano. A probabilidade de “estouro” da meta é de 88% a 97%, calculou a instituição.

COMBUSTÍVEIS – Se confirmada a previsão do mercado para a inflação em 2022, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.

As previsões de inflação começaram a subir com mais intensidade após o aumento nos combustíveis anunciado pela Petrobras em março, em meio à disparada do preço do petróleo — reflexo da guerra na Ucrânia.

Para alcançar a meta de inflação definida pelo CMN, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic. Neste momento, o BC já está calibrando a taxa Selic para atingir a meta de inflação do ano que vem, uma vez que as decisões sobre juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia.

MAIS INFLAÇÃO – Para 2023, o mercado financeiro subiu de 4,10%, no final de abril, para 4,50% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Conforme os dados do Banco Central, o mercado financeiro elevou a previsão de crescimento do PIB deste ano de 0,70%, no fechamento do mês de abril, para 1,5%.

O aumento aconteceu após a divulgação do crescimento do PIB do ano passado de 4,6% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

PIB BAIXO – Para 2023, o mercado reduziu de 1% (fim de abril) sua estimativa de alta do PIB para 0,47%.

Para a taxa básica de juros da economia, o mercado financeiro manteve em sua estimativa 13,25% ao ano no final de 2022. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano.

Já para o fim de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic subiu de 9,25% para 10,15% ao ano. Mesmo assim, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.

E a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 subiu de R$ 5 para R$ 5,05. Para o fim de 2023, avançou de R$ 5,04 para R$ 5,10 por dólar.

 

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