J.A.Puppio*
O coronavírus se mostra bastante suscetível a mutações. Como o controle mundial por meio de medidas protetivas e da vacinação ainda se mostra insuficiente, até por conta de correntes negacionistas que ainda encaram a pandemia como algo simples e se mostram refratárias à imunização, o vírus da Covid-19 encontra o ambiente propício para gerar novas variantes, cada vez mais preocupantes como o sarampo, a tuberculosa etc.
Essa faceta cruel só torna ainda mais premente a necessidade de conscientização sobre a importância de cuidados tão elementares, como o uso de máscara de proteção, que aliás protege não só da Covid-19, mas de outras doenças infectocontagiosas propagadas por meio de gotículas espalhadas no ar.
Nesses 20 meses de convivência com a pandemia do coronavírus, aprendemos que a vacina não garante 100% de imunidade. Assim, a máscara de proteção usada corretamente ocupa o papel de segunda medida muito eficaz no combate à propagação do coronavírus.
Com a descoberta da variante ômicron da Covid, países europeus, como a Alemanha, passaram a exigir o uso de máscaras profissionais pela população em locais públicos e com grande circulação de pessoas. Especialistas afirmam que o modelo N95, ou PFF2 (peça facial filtrante), é o mais eficaz para evitar a infecção por aerossóis, mas deve ser usado em com todas as recomendações. Dados disponíveis até o momento apontam que a ômicron tem maior potencial de disseminação e de reinfecção de pessoas que já tiveram Covid.
No cenário brasileiro, a nova variante reforçou a importância das máscaras PFF2 e N95, e fez retroceder a possibilidade de relaxamento da obrigatoriedade do uso deste tipo de proteção.
Um estudo da USP apontou a eficiência de filtragem de alguns tipos de máscaras disponíveis no Brasil. As N95 ou PFF2 são as mais indicadas, com uma eficácia superior a 98%.
Outro estudo, dessa vez do Fundo Monetário Internacional, tendo como base as regras para uso da proteção nos Estados Unidos, estimou que a obrigatoriedade do uso de máscaras preservou cerca de 87 mil vidas e potencialmente poderia ter poupado a vida de mais 58 mil americanos, caso o uso obrigatório se estendesse para todo o país.
Mas elas não agem sozinhas. É preciso ainda manter o distanciamento social, cuidar da higienização correta das mãos e respeitar o calendário vacinal. Desta forma, se não podemos vencer o risco pandêmico, que tem se mostrado cíclico, fazendo a nossa parte, conseguimos ao menos conviver com ele sem grandes riscos para a nossa saúde e de toda a comunidade.
Precisamos ter o cuidado especial ao escolher a máscara correta para podermos ter a segurança correta por esta decisão ao adquirir sua proteção não esquecer que somente as máscaras Pff2 e N95 podem lhe trazer a proteção necessária.
*J.A.Puppio é empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.
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Matheus Duarte
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