Chile, Uruguai e Argentina apresentam os melhores percentuais de imunização completa no subcontinente; Equador e Brasil também têm números altos.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A América do Sul é a região com o pior histórico da pandemia de Covid-19 do mundo, com as ondas mais mortais e o maior acumulado de mortes pela doença no planeta.
Desde que começaram a ser registrados os óbitos de pacientes com Covid-19, houve 2.740 mortes por milhão de habitantes na América do Sul, segundo o banco de dados Our World in Data.
Nos Estados Unidos, foram 2.450; na Europa, 2 mil; e na Ásia, 267.
O pico de mortes diárias ao longo da pandemia também ocorreu na América do Sul, com uma média de 10,85 por milhão de habitantes em abril deste ano.
No entanto, o subcontinente encerra 2021 com um dado auspicioso: é o que possui a maior taxa de vacinação contra o coronavírus, com 63,4% de sua população completamente imunizada (com duas doses ou dose única, conforme o requerimento de cada vacina) e 74,3% de seus 434 milhões de habitantes com pelo menos uma dose, segundo dados oficiais divulgados pela Organização Pan-Americana de Saúde até a última quinta-feira (23/12).
Além disso, de 17 a 23 de dezembro, a região teve uma média diária de 0,7 óbitos por milhão de habitantes, seis vezes menos que a Europa ou os Estados Unidos, segundo a plataforma Our World in Data.
A Europa é a segunda região com mais gente completamente imunizada, um percentual de 60,5%, enquanto outros 4,2% da população estão parcialmente vacinados.
A América do Norte aparece em terceiro lugar, com 59,6% dos 500 milhões de habitantes do México, Estados Unidos e Canadá com a vacinação completa, e os que tomaram pelo menos uma dose somavam 71,4% até a última quinta-feira.
O Caribe apresenta, por sua vez, 43% da população com a imunização completa e 49% com pelo menos uma dose, enquanto na América Central, estes percentuais são de 42% e 54%, respectivamente.
O continente americano como um todo conta com 59,7% da população vacinada com duas doses (ou dose única), 70,8% com pelo menos uma dose e 10,6% com doses de reforço.
Já a Oceania tem 58% de sua população imunizada com duas doses, e a Ásia, 55%. Por último, vem a África, com apenas 8,8% de seus habitantes com o processo de vacinação completo.
Os países mais bem colocados
O país com melhor
taxa de vacinação da América do Sul é o Chile, onde 85,6% da população
recebeu o programa de imunização completo. Lá, crianças a partir de 3
anos podem tomar a vacina.
Em seguida, aparecem o Uruguai (76,6%), Argentina (76,5%), Equador (69,1%) e Brasil (65,7%).
Em piores condições, estão Guiana, Bolívia e Suriname, com uma taxa inferior a 40%.
Terceira dose
Embora dois países da América do
Sul — Chile e Uruguai — registrem altos níveis de vacinação com doses de
reforço (52,7% e 42,7%, respectivamente), a média do subcontinente é
consideravelmente menor (8,8%).
A Europa é o continente com o maior número de doses de reforço aplicadas (21,5%).
Na América do Norte, 13,4% da população recebeu a dose de reforço.
A Oceania (5%) e a Ásia (4%) são as regiões onde menos se administrou a terceira dose, tirando a África, onde a aplicação do reforço tem sido insignificante.
Fonte: G1.
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