A discussão começou após o relator da CPI apontar possíveis omissões do governo de Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/TV SenadoPor Nathalia Galvani, Estado de Minas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID de ontem gerou um intenso bate-boca entre os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Renan Calheiros (MDB-AL), que chamou o governista de 'vagabundo'. O comentário foi pivô para início de uma forte troca de xingamentos e até mesmo um possível embate corporal entre os políticos, que foi evitado pelos demais parlamentares presentes.
A discussão começou após o relator da CPI apontar possíveis omissões do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nas negociações de vacinas de empresas suspeitas de irregularidades, como a Precisa Medicamentos.
"Foi essa gente que foi escolhida pelo presidente da República para comprar vacina, enquanto recusava a Pfizer, Butantan e a OMS. Ele preferiu esse tipo de negociação. É por isso que, as pesquisas revelam, aumentado a cada dia a percepção que o governo é corrupto", disse Renan.
Neste momento, Jorginho Mello falou em defesa do chefe do Executivo. "Senador Renan, não foi o presidente que escolheu. Foram os picaretas que tentaram vender", afirmou o senador.
Essa interrupção irritou Renan, que reclamou com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) que não deveria ser cortado pelos demais parlamentares. "Não lhe dei a palavra. Não grite. Não dei a palavra ao senador Jorginho, ele não pode me interromper", declarou.
"Não permito que o senhor me interrompa para defender o presidente da República quando o senhor quiser. Na hora que falo, não. Quando acabar, o senhor pode falar. Mas, no momento que falo não aceito interrupção. Por favor”, pede novamente Renan.
O senador governista não cede, e volta a fazer um comentário mais ofensivo ao relator da comissão. "Não aceita, mas falo do mesmo jeito. Aceitando ou não. Vai para os quinto então", reclama.
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