Câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres
Foto: ReproduçãoO
câncer de mama, o mais prevalente entre as mulheres no Brasil e no
mundo, possui seu mês de conscientização, o “Outubro Rosa”, mas outros
tumores que também atingem as mulheres em números preocupantes precisam
de igual atenção. Por esta razão, o Grupo Brasileiro de Tumores
Ginecológicos (EVA) promove esse ano a campanha “Setembro em Flor”. O
grupo traz uma campanha representada pela delicadeza de uma flor, onde
cada pétala representa um tipo de tumor ginecológico, para conscientizar
o público feminino sobre a prevenção e o diagnóstico precoce de
cânceres ginecológicos. As pétalas se referem aos tumores do colo do
útero, ovário, corpo do útero, vulva e vagina. Como muitas mulheres não
apresentam sintomas no início dessas doenças, as visitas anuais ao
ginecologista e a realização de exames como o Papanicolau são
fundamentais.
Identificado pelo exame conhecido como
papanicolau, o câncer de colo do útero tem como principal fator de risco
a infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), que pode ser
prevenido com uma vacina que está disponível pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) para meninas entre 9 e 14 anos, meninos entre 11 e 14 anos e para
aqueles que convivem com HIV ou câncer ou são transplantados. Além da
imunização, o rastreamento para identificar lesões precursoras do tumor
constitui estratégia importante para o controle desta doença. Segundo a
oncologista Renata Cangussu, esse rastreamento é feito através do exame
papanicolau, também conhecido como preventivo, que deve ser realizado na
faixa etária de 25 a 64 anos entre as mulheres que já iniciaram a vida
sexual assim como por homens trans e pessoas não binárias designadas
mulheres ao nascer. “Mesmo as mulheres vacinadas devem passar pelo exame
preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os
tipos oncogênicos do HPV”, destacou a especialista.
Boa parte
das mortes por câncer do colo do útero ocorrem em mulheres que não
haviam sido rastreadas com regularidade. A estimativa mais recente deste
tipo de câncer aponta a ocorrência de 16.590 novos casos por ano,
segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entre os fatores de
risco, destacam-se o início precoce da atividade sexual e múltiplos
parceiros, o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. A
doença, que não apresenta sintomas na fase inicial, pode evoluir para
sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação
sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas
urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Para o diagnóstico,
podem ser utilizados exame pélvico e história clínica, papanicolau,
colposcopia e biópsia. Entre os tratamentos para o câncer do colo do
útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de
tratamento depende do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e
fatores como idade da paciente e desejo de ter filhos.
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