No acumulado dos primeiros oito meses do ano, porém, houve uma queda de 17,6%
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O número de pedidos de seguro-desemprego voltou a subir em agosto deste ano. Foram registrados 493.798 requerimentos, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, em que houve 463.834 solicitações.
No
acumulado dos primeiros oito meses do ano, porém, houve uma queda de
17,6%. De janeiro a agosto de 2020, período marcado pelo início da
pandemia do coronavírus, foram registrados 4,9 milhões de pedidos ante
4,1 milhões nos primeiros oito meses de 2021.
Agosto também
foi o último mês em que vigorou o Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda (BEm), que permitiu que empresas firmassem acordos
de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos de
trabalho. Foram beneficiados 10 milhões de trabalhadores no ano passado e
2,5 milhões neste ano.
No entanto, não é possível ainda
atribuir o crescimento do número de pedidos ao fim do programa. De
acordo com o economista Hélio Zylberstajn, professor sênior da FEA-USP e
coordenador do Projeto Salariômetro, os pedidos de seguro-desemprego em
agosto foram feitos por trabalhadores demitidos em julho ou antes,
quando o programa ainda estava em vigor e podia ser utilizado.
"As
empresas que demitiram provavelmente não esperam uma retomada em breve
para desligar seus empregados, porque, se usassem o programa, teriam que
manter os empregados por um período igual ao da duração da suspensão ou
redução da jornada e salário", explica Zylberstajn.
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