MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Moraes não recua, bloqueia contas e até chave PIX e manda prender dois investigados

 


Ameaças não intimidam Moraes, que parte para a briga

Pepita Ortega e Fausto Macedo
Estadão

O ministro Alexandre de Moraes atendeu solicitações da Procuradoria-Geral da República e determinou a realização de uma série de diligências no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos marcados para esta terça-feira, 7. Entre as medidas está o bloqueio de saques das contas bancárias da Associação Nacional dos Produtores de Soja e da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, sob suspeita de financiarem as manifestações de ataque à democracia e às instituições.

A medida tem validade até a quarta-feira, 8. Nota divulgada pelo gabinete do ministro após parte das decisões se tornarem públicas indicou ainda que houve bloqueio de ‘diversas chaves PIX e contas bancárias’ ligadas a pessoas supostamente envolvidas no financiamento dos atos programados para amanhã.

DESDE 10 DE AGOSTO – A decisão sobre a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso e a Associação Nacional dos Produtores de Soja determina ainda que sejam identificadas e informadas todas as transferências a partir de R$ 10 mil que partiram das contas bancárias sob suspeita para outras entidades ou terceiros, em quaisquer modalidades (DOC, TED, PIX ou outra ordem de pagamento), desde o dia 10 de agosto.

Além das medidas para cortar o financiamento aos atos antidemocráticos, Alexandre acolheu representações da PGR e expediu mandados de prisão preventiva contra Marcio Giovani Niquelatti e Cássio Rodrigues Costa Souza.

O primeiro, capturado pela Polícia Federal em Santa Catarina neste domingo, 5, disse, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que há um empresário ‘grande’ que está oferecendo dinheiro pela ‘cabeça’ do ministro do STF, ‘vivo ou morto’.

AMEAÇAS DIRETAS – Já Souza, preso nesta segunda-feira, 6, é responsável por ameaças diretas a Alexandre de Moraes, tendo postado no Twitter mensagem em que se diz policial militar e afirma que ele e outros agentes ‘vão matar’ o ministro do STF e sua família.

Também a pedido da PGR, o relator do inquérito das manifestações violentas do dia 7 autorizou o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão. Como mostrou o Estadão, parte das ordens foram cumpridas contra o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba, flagrado no último dia 26 levando R$ 505 mil em dinheiro vivo no Aeroporto de Congonhas.

No âmbito da mesma investigação, a PF capturou nesta sexta-feira, 3, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza. A corporação ainda busca cumprir uma ordem de prisão expedida contra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o ‘Zé Trovão’.

ALVOS RURALISTAS – A Associação Nacional dos Produtores de Soja e da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso também são alvos das diligências.

No entanto, apesar da adoção de tais medidas, a Procuradoria-Geral da República considerou que ‘há fortes indícios da continuidade da realização de condutas preparatórias para a execução de atos antidemocráticos’, o que demandaria a ‘adoção imediata de novas medidas para coibir a prática de infrações penais’.

Com relação à Aprosoja, por exemplo, o Ministério Público Federal apontou que, apesar de o presidente da entidade ter sido alvo de buscas quando a investigação foi aberta, os investigadores tomaram conhecimento de ‘uma suposta atuação mediata, por meio de ativos alocados em pessoas jurídicas para o financiamento dos investigados e de atos antidemocráticos’.

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