A pandemia fez crescer os ataques do tipo ransomware, de sequestro de dados, contra hospitais e instituições de saúde São Paulo, setembro de 2021 – Não
é de hoje que as empresas do segmento de saúde são alvo de
cibercriminosos e mesmo antes da pandemia os ataques a hospitais, por
exemplo, já estavam em ascensão. E isso por dois motivos: a facilidade
de acesso dos hackers a equipamentos para exames de imagem, como
ressonância magnética e tomografia, e a falta de investimentos em
cibersegurança.
“De um lado você tem um ambiente repleto de
máquinas com sistemas operacionais antigos e vulneráveis, que é essa
parte de exames, e de outro lado o setor administrativo, com máquinas
ligadas à internet e usuários que acessam e-mails e preenchem
prontuários. O risco surge exatamente quando você mistura estes dois
ambientes e cria uma ponte para o atacante, que está do lado de fora só
esperando uma brecha para entrar”, explica Robson Borges, especialista
em Segurança da Informação da Trend Micro, empresa líder mundial em
soluções de cibersegurança.
As empresas de saúde têm sofrido com
ataques de ransomware, que é um tipo de extorsão no qual os hackers
sequestram e criptografam os dados com o objetivo de receber um resgate.
O relatório anual de segurança cibernética da Trend Micro 2020
mostrou que o segmento de healthcare está entre os principais alvos
desse tipo de invasão, ao lado de bancos, órgãos governamentais e
indústrias. O problema é que o setor de saúde é um dos mais vulneráveis.
O
especialista da Trend Micro diz que o primeiro impacto de um
ciberataque é a paralisação do serviço. “Temos que lembrar que quando eu
paro o ambiente hospitalar estamos falando de vidas, de deixar de fazer
um exame que uma pessoa está esperando, seja pela suspeita de uma
doença grave ou pela necessidade de uma cirurgia”.
Já o segundo
impacto é o roubo do dado. Robson lembra que em um hospital, por
exemplo, tudo é informação pessoal sensível. “Quando se trata do
cadastro e resultados de exames de uma pessoa, sua opção sexual, tudo é
dado pessoal sensível. Por isso, um vazamento desse tipo é extremamente
crítico”, avalia, lembrando que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP)
prevê, a partir deste mês, sanções a empresas que podem chegar até R$ 50
milhões.
E há, ainda, a possibilidade da tripla extorsão, onde o
alvo é o próprio usuário do serviço de saúde. “Quando uma pessoa
pública ou um executivo de alto escalão realiza um exame em uma
instituição, que detecta uma doença grave, como um câncer, por exemplo, o
hacker pode ameaçar o paciente de divulgar aquela informação, e
dependendo do momento da empresa ou da carreira do profissional isso
pode ser extremamente delicado”, acrescenta.
Falta investimento
Pesquisa
realizada pelo Datafolha, no início do ano, revelou que o setor de
saúde é o que menos investe em tecnologia. Somente 23% das empresas do
segmento possuem departamento de cibersegurança, embora 58% delas
admitam que já foram alvo de fraude e ataques digitais com alta e média
frequência. O levantamento aponta, ainda, que 44% dessas empresas não
estão preparadas para lidar com um ataque cibernético e mesmo assim em
49% a segurança digital não tem prioridade no orçamento. O levantamento
ouviu 351 tomadores de decisão do setor de tecnologia de empresas de
vários segmentos, como educação, financeiro, tecnologia e varejo.
Desses, 57 eram da área de saúde.
O cibercrime é um problema
global que ganhou mais destaque com a aceleração digital provocada pela
pandemia. Entretanto, o Brasil é o país que leva mais tempo para conter
uma invasão. Estatística da IBM aponta que a média mundial para
identificar e conter um ataque é de 280 dias, só que aqui no país essa
média sobre para 380 dias. “São 100 dias a mais, uma demora absurda”, na
opinião do especialista.
A falta de estratégia é a responsável
pela lentidão no tempo de resposta aos ataques. Pesquisas mostram que as
empresas que implementam uma estratégia de resposta a incidentes
conseguem ser 70% mais rápidas. “Uma coisa é demorar a identificar o
ataque e outra coisa é conter, e no Brasil a gente demora para os dois”.
Borges diz que ter estratégia é estabelecer métricas que indiquem a
ação de agentes maliciosos, adotar um plano de ação para corrigir o
problema no caso de invasão e avaliar o aprendizado daquela situação,
após o ataque. “Um planejamento adequado de resposta a incidentes de
segurança inclui o antes, durante e depois. Envolve processos, pessoas e
tecnologia”, finaliza.
Sobre a Trend Micro
A
Trend Micro, líder global em cibersegurança, ajuda a tornar o mundo
mais seguro quando o assunto é troca de informações digitais. Com
décadas de experiência em segurança da informação, pesquisa global de
ameaças e inovação contínua, a Trend Micro protege centenas de milhares
de organizações e milhões de indivíduos com soluções para redes,
dispositivos, sistemas em nuvem e endpoints. As plataformas da
Trend Micro oferecem uma gama poderosa de técnicas avançadas de defesa
contra ameaças otimizadas para ambientes Google, Microsoft e Amazon,
possibilitando respostas mais rápidas e efetivas aos riscos
cibernéticos. Com 7.000 colaboradores em 65 países, a Trend Micro
permite que as organizações protejam e simplifiquem o seu mundo
conectado.
Site: https://www.trendmicro.com Twitter: @TrendmicroBR Linkedin: https://www.linkedin.com/company/trend-micro/
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