Pressão cambial reduz volume importado, mas eleva gasto em 26,84%, motivando o governo a reduzir o IPI em 10%
O Brasil registrou uma queda de 12,44% na importação de celulares em 2020 em relação a 2019. Foram 2.664.965 unidades ante 3.043.674. Em contrapartida, por causa da desvalorização do real diante dólar, o valor importado aumentou 26,84%. Durante 2020, foram movimentados US$ 373,435 milhões, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões. Somente em frete internacional, no ano passado foram gastos pouco mais de US$ 6,6 milhões, cerca de R$ 35 milhões. Os dados são da Logcomex, startup especializada em inteligência de dados para importação e exportação.
“A alta dos preços do frete internacional, somada à desfavorável taxa cambial e à incerteza comercial gerada pela pandemia do Covid-19, foram elementos cruciais para o aumento nos preços dos aparelhos e, por consequência, pela redução nos volumes de importação. Mesmo com todo o apelo comercial das marcas, o impacto causado pelo novo coronavírus deixou cicatrizes na economia do setor. A chegada dos novos aparelhos, capazes de navegar nas altas frequências da banda 5G, vem como uma esperança para retomada do crescimento”, analisa Pedro Souza, gestor de operações da Pinho Logística, empresa especializada em comércio exterior e logística aduaneira.
No início de março, o governo federal anunciou a redução de 10% no Imposto de Importação (IPI) para equipamentos de informática e telecomunicações. De acordo com o governo, a redução abrange um total de 1.495 categorias de produtos, incluindo celulares e computadores, que poderão sofrer uma diminuição nos preços de 2% a 5%. A iniciativa foi motivada pela pressão cambial sobre os preços.
Maiores importadores
A Apple lidera como a maior provável marca importadora, especialmente em novembro, tradicional mês de lançamentos da empresa norte-americana. A brasileira DL, responsável pela distribuição dos celulares da Xiaomi, aparece como a segunda maior provável marca importadora.
O modal mais utilizado é o aéreo, tendo como base as importações nacionalizadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU). Varginha (MG) e Itajaí (SC) aparecem em seguida, sendo Varginha o grande centro de distribuição para a empresa mineira DL. Já Itajaí aparece por ser o grande canal no Sul do país, além de contar com o benefício fiscal de SC.
Sobre o Grupo Pinho
A Pinho oferece soluções logísticas com inteligência de mercado, unindo experiência e inovação. Pioneira no ramo de desembaraço aduaneiro, a Pinho iniciou suas atividades em 1937 e fez parte de grandes projetos nacionais, como a importação de peças para a Usina de Itaipu e para a Fábrica de Celulose da Eldorado. Ao longo de oito décadas, o grupo se destaca por ajudar a desburocratizar e otimizar processos no setor de comércio internacional para empresas, contando com sistema próprio de tecnologia para acompanhamento de cargas, além de oferecer frete internacional (marítimo e aéreo), frete rodoviário, seguro de cargas e recuperação de impostos. Grandes grupos empresariais estão entre os principais clientes da Pinho, que atua em todo o país e tem sedes nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
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