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terça-feira, 2 de março de 2021

Venda de antidepressivo cresce 17% na pandemia, diz Conselho Federal de Farmácia

 


O Amazonas lidera com incremento de 29%. Na sequência, estão Ceará (29%) e Maranhão (27%). São Paulo é o 18º colocado, com aumento de 16%.

Tribuna da Bahia, Salvador
02/03/2021 10:00 | Atualizado há 1 hora e 43 minutos

   
Foto: Reprodução

Paula Felix, O Estado de S. Paulo

Um levantamento inédito do Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontou um aumento de 17% nas vendas de antidepressivos e estabilizadores de humor em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, em relação a 2019. Medo da infecção pelo novo coronavírus, mudanças na rotina, incertezas e o isolamento social estão entre fatores que levaram mais pessoas aos consultórios de psiquiatras, que alertam sobre a necessidade de observar sintomas como alterações no sono, ansiedade e desânimo, e de buscar ajuda ao sentir impactos na saúde mental.

"Verificamos o consumo nos períodos de 2018 em relação a 2017, 2019 a 2018, 2020 a 2019. Este último levantamento teve um aumento significativo de venda de remédios para transtorno de humor e psicotrópicos de 17%. Em 2019, tinha sido de 12% e, em 2018, de 9%. Isso mostra o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas", explica Wellington Barros, consultor do CFF e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O levantamento, feito em parceria com a Consultoria IQVIA, mostrou ainda um ranking dos Estados que mais tiveram aumento de venda desses medicamentos durante a pandemia. O Amazonas lidera com incremento de 29%. Na sequência, estão Ceará (29%) e Maranhão (27%). São Paulo é o 18º colocado, com aumento de 16%.

"Muitas pessoas imaginariam que São Paulo, por ser um Estado extremamente afetado pela pandemia, lideraria, mas sabemos também dos recortes dos determinantes sociais. A literatura médica mostra a prevalência de distúrbios de saúde mental em locais com desigualdade e pobreza. A vulnerabilidade aumenta a prevalência de ansiedade e depressão", avalia Barros.

Ele afirma que os momentos mais críticos da pandemia, desde a escassez de respiradores chegando à crise da falta de oxigênio para pacientes, também têm impacto na saúde mental da população.

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