O
Ministério da Saúde pode ter desviado 2 milhões de comprimidos de
cloroquina para usar na campanha contra a Covid. Enquanto isso, o
programa de Malária ficou sem estoque do medicamento. As informações são
do jornal Folha de S.Paulo. Segundo documentos obtidos pela Folha de
S.Paulo, o governo Bolsonaro precisou, com urgência, de 750 mil
comprimidos de cloroquina, por meio de aditivo a uma parceria firmada
com a Fiocruz, que produz esse medicamento. O aditamento foi proposto em
novembro e assinado em dezembro. Em janeiro, a entidade entregou a
quantidade adicional para não desfalcar o programa de malária. O total é
suficiente para quatro meses. A parceria – viabilizada por meio de um
termo de execução descentralizada (TED), o de número 10/2020 – foi
bancada com dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). Os gastos somaram
R$ 258.750,00. Em janeiro, uma auditoria do Tribunal de Contas da União
(TCU) concluiu que o uso de dinheiro do SUS na distribuição de
cloroquina a pacientes com Covid é ilegal. Segundo o tribunal, o
fornecimento pelo SUS de medicamentos para uso “off label”, fora do
previsto na bula, só pode ocorrer com aval da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. A Anvisa confirmou não ter concedido essa
autorização.
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