Sobre as margens de lucro esperadas, vale novamente frisar: não há regras ou equações que possam ser aplicadas a todas as situações. Dito isso, vamos a outra questão crucial. O que é mais vantajoso: aplicar no mercado financeiro, com riscos baixos, com retorno em torno de 1% ao mês, ou investir em uma franquia, um negócio com riscos – como qualquer outro –, mas que já foi testado e aprovado no mercado, com lucro líquido que pode variar entre 5% e 40% ao mês?
A resposta, claro, dependerá do perfil e das condições financeiras do investidor. No geral, empreendedores com maior capital estarão mais propensos a riscos – e, por consequência, às maiores possibilidades de lucro decorrentes exatamente desses riscos potenciais.
Aqui cabe um parêntese, não tão ligado à viabilidade do negócio – mas ainda assim necessário. Aplicações no mercado financeiro e em franquias são diferentes em vários aspectos.
O principal deles talvez seja o fato de a atividade meramente financeira gerar poucos empregos e divisas para o estado, enquanto a franquia produz, gera muitos empregos, divisas e lucro ao investidor, além de valor na entrega de produtos e serviços de qualidade aos consumidores.
Ou seja, de um lado, temos a opção de monetização do capital, de forma quase passiva, sem praticamente nenhum esforço. De outro, um desafio que contempla – e, sobretudo, exige – gestão de recursos e de pessoas, com recompensas à altura da capacidade do investidor de equilibrar todas essas variáveis. Mais uma vez, a resposta sobre qual caminho seguir irá depender sobretudo do perfil do investidor.
Ainda sobre a comparação das franquias em relação a outras opções do mercado, sempre recomendo que o investidor leve em conta o capital necessário para montar o negócio – inclusive o capital de giro. É preciso ter em mente que ele precisará de uma reserva para se manter até que o negócio consiga lhe pagar um pró-labore ou mesmo que a empresa comece a distribuir lucros. Esse período varia de negócio para negócio.
Desta forma, antes de assinar contrato com a franqueadora, o foco total do investidor deve ser no seu plano de negócios e nas visitas a franqueados novos e maduros da rede escolhida. Será nesses contatos que ele irá obter informações relevantes para que se sinta seguro em prosseguir.
Vamos a um exemplo prático. Como a maioria das franquias exige dedicação pessoal do franqueado, o investidor precisa criar um pró-labore para se manter. A equação é simples: digamos que ele invista R$ 300 mil para montar um negócio. No caso hipotético, o faturamento mensal é de R$ 100 mil reais, com 25% de margem. Logo, o franqueado terá lucro de R$ 25 mil por mês, podendo fazer um pró-labore de R$ 10 mil – sobram ainda R$ 15 mil de lucro.
Considerando o lucro sem pró-labore, o franqueado teria um retorno do investimento em 12 meses. Em outra hipótese, se considerarmos o pró-labore, o tempo de recuperação do capital seria maior, mas, ainda assim, o retorno seria excepcional. Para um investidor com pouco capital, considero os números acima excelentes pontos de partida. Mas volto a frisar: não existem regras que garantam que tudo irá ocorrer dentro das projeções. Tudo dependerá de diversas variáveis – da dedicação e da capacidade de gestão do franqueado ao segmento negócio, passando pela situação geral do mercado.
Por fim, uma questão que também costuma ser tema de conversas no segmento de franquias: quanto do sucesso do empreendimento depende da franqueadora e quanto depende do franqueado? Em geral, a franqueadora precisa ter um negócio testado e desejado pelo mercado. Isso somente se consegue colocando o projeto para rodar em fase de piloto, para, somente depois dessa fase, começar a franquear. Ou seja, quando um negócio se torna franquia ele já está consolidado. Desta forma, costumo dizer aos investidores que, ao adquirir uma franquia, eles compram 50% do sucesso. Os outros 50% dependerão de sua capacidade e do seu empenho na implantação do negócio.
José Carlos Semenzato é fundador da SMZTO, holding de franquias setoriais e investidor do Shark Tank Brasil
Sobre a SMZTO Holding de Franquias
A SMZTO Holding de Franquias Multissetoriais nasceu com o propósito de acelerar negócios promissores por meio do franchising. A partir de processos seletivos e de análises criteriosas, a holding seleciona empresas que tenham perfil de negócios replicável e sustentável. Demonstrando sua expertise em gestão e aceleração de negócios, a SMZTO é sócia ou investidora das seguintes marcas: L'Entrecôte de Paris, Instituto Embelleze, OAKBERRY, Casa X, Espaçolaser, OdontoCompany, PartMed, Gua.Co, Joy Juice, United Idiomas, Belle.Club, dentre outros projetos que estão sendo estruturados. A SMZTO, criada por José Carlos Semenzato, é responsável pela gestão de mais de 1800 unidades franqueadas e planeja faturar R$ 2,2 bilhões neste ano em suas redes de franquias.
A SMZTO Holding de Franquias Multissetoriais nasceu com o propósito de acelerar negócios promissores por meio do franchising. A partir de processos seletivos e de análises criteriosas, a holding seleciona empresas que tenham perfil de negócios replicável e sustentável. Demonstrando sua expertise em gestão e aceleração de negócios, a SMZTO é sócia ou investidora das seguintes marcas: L'Entrecôte de Paris, Instituto Embelleze, OAKBERRY, Casa X, Espaçolaser, OdontoCompany, PartMed, Gua.Co, Joy Juice, United Idiomas, Belle.Club, dentre outros projetos que estão sendo estruturados. A SMZTO, criada por José Carlos Semenzato, é responsável pela gestão de mais de 1800 unidades franqueadas e planeja faturar R$ 2,2 bilhões neste ano em suas redes de franquias.
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