Bahia corre risco de epidemia de peste suína
JORNAL A REGIÃO
por falta de pessoal para manter a fiscalização nas fronteiras com
outros estados. Apesar de ser área livre da doença, a Bahia é cercada
por estados que não são e já existem casos de peste suína em Alagoas,
onde um foco foi detectado em Traipu, próximo da divisa com Sergipe.
Ele foi confirmado pelo Ministério da Agricultura e pela agência de
defesa sanitária de Alagoas, segundo a qual “medidas como a interdição
da propriedade e a proibição do trânsito de suínos, entre outras, estão
sendo tomadas em busca da contenção e da eliminação da doença”.
A Adeal garante que a vigilância epidemiológica está sendo
intensificada em Alagoas e tranquiliza as pessoas quanto a um possível
contágio. “A Peste Suína Clássica é uma doença viral que acomete somente
porcos e javalis. Não é uma zoonose, portanto, não é transmissível a
humanos”.
A preocupação da Adeal é que “o foco é muito próximo da zona livre de
PSC do Brasil, que detém aproximadamente 90% da produção suinícola
brasileira e 100% das exportações de animais e produtos de suínos do
país”.
Apesar da ocorrência não alterar o status do Brasil junto à Organização
Mundial de Saúde Animal, a regra exige a adoção do estado de alerta e
um reforço na prevenção de todo o país para evitar a disseminação da
doença e uma eventual reintrodução da PSC na zona livre, a Bahia.
Bahia vulnerável
O problema é que o estado está enfrentando um esvaziamento constante no quadro de
veterinários por causa das aposentadorias. “Com isso, várias empresas com inspeção permanente
na região estão com as atividades de abate paralisadas por tempo indeterminado”.
“A situação é tão grave que uma simples supervisão em 10 Postos Fixos
pertencentes a ADAB - Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia,
importantíssima para os trabalhos de contenção dos focos de Peste Suína
Clássica no estado do Ceará, ainda não foi realizada”.
Esta explicação foi enviada ao Ministério da Agricultura pelo
Secretário de Defesa Agropecuária José Guilherme Tollstadius Leal, no
dia 11 de setembro, pedindo providências. Ele sugere que o MAPA peça ao
Ministério da Tecnologia a transferência de pessoal da Ceplac para a
Defesa Agropecuária.
A Ceplac foi transferida para a Tecnologia por causa das pesquisas e,
segundo José Guilherme, possui 99 auditores fiscais federais
agropecuários, 189 agentes de atividade agropecuária, 17 técnicos de
laboratório, um técnico em agricultura e pecuária, um agrícola e 335
auxiliares em agricultura.
“Dessa forma, solicitamos sua mediação junto à Secretaria de Inovação,
Desenvolvimento Rural e Irrigação - SDI para liberar servidores do
quadro da Ceplac para a Defesa Agropecuária”, termina o documento,
lembrando que é imperativo impedir a entrada da PSC na Bahia.
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