Por Redação BNews | Fotos: Alan Marques/Folhapress
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta
terça-feira (23) a maneira como o Ministério Público Federal (MPF)
conduziu as negociações do acordo de colaboração premiada dos irmãos
Wesley e Joesley Batista. Em artigo publicado no portal UOL, Janot
listou três argumentos.
Segundo ele, "a gravidade de fatos, corroborados por provas
consistentes que me foram apresentadas; a certeza de que o sistema de
justiça criminal jamais chegaria a todos esses fatos pelos caminhos
convencionais de investigação, a situação concreta de que, sem esse
benefício, a colaboração não seria ultimada e, portanto, todas as provas
seriam descartadas", nortearam a sua decisão.
O procurador disse ainda que, sem a delação, o país seria ainda mais
lesado, e questionou o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB).
"Quanto valeria para a sociedade saber que a principal alternativa
presidencial de 2014, enquanto criticava a corrupção dos adversários,
recebia propina do esquema que aparentava combater e ainda tramava na
sorrelfa para inviabilizar as investigações?", questionou.
Janot sustentou ainda que os colaboradores tinham em mãos fatos graves a
revelar. "Apresentaram gravações de conversas com o presidente da
República, em uma das quais se narravam diversos crimes supostamente
destinados a turbar as investigações da Lava Jato".
Nenhum comentário:
Postar um comentário