A defesa do goleiro Bruno Fernandes obteve decisão favorável do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e o atleta poderá cumprir o
restante da pena pelo assassinato de Eliza Samúdio em Varginha (MG),
onde ele declarou ter residência fixa. Seu retorno à prisão foi
determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25 de abril. Ele
ficou em liberdade por dois meses, após habeas corpus concedido pelo
ministro do STF Marco Aurélio. Bruno se apresentou à Polícia Civil em
Varginha na última quinta-feira (27) e foi encaminhado para a
penitenciária do município. No dia seguinte, conforme decisão da
Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais, ele foi
transferido para a Penitenciária de Três Corações (MG), onde lhe foi
reservada uma cela individual. Com a decisão do TJMG, porém, ele
retornou a Varginha. O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de
Execuções Criminais da comarca de Contagem, considerou haver requisitos
necessários para o pedido, entre eles, a demonstração de boa-fé de Bruno
ao se apresentar espontaneamente à Polícia Civil após a decisão do STF.
O magistrado também registrou em sua sentença que o goleiro não tem
classificação de alta periculosidade e que seus antecedentes afastam
qualquer presunção de descumprimento da pena. A decisão é da última
sexta-feira (28). Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses
pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação
de cadáver. Ele é apontado como autor do assassinato de Eliza Samudio,
com quem teve um relacionamento e um filho. Ela desapareceu em 2010, aos
25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Na época, o goleiro
jogava no Flamengo.
Agência Brasil / POLÍTICA LIVRE
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