Do Bahia Notícias
Batizada de “Quinto do Ouro”, a nova
etapa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro cumpre mandados no Rio de
Janeiro: na capital e nas cidades de Caxias e São João do Meriti. Cinco
dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) são alvo
de prisão preventiva, enquanto o presidente da Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, tem mandado de condução
coercitiva. Segundo informações do jornal O Globo, a ação é baseada na
delação do ex-presidente do TCE Jonas Lopes de Carvalho Filho, e a de
seu filho, o advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, que foram
homologadas recentemente pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça,
Félix Fischer. Os conselheiros teriam participado em esquema envolvendo
contratos com empresas de ônibus e empreiteiras que operam no estado.
Eles são acusados de ter recebido 1% de propina sobre o valor dos
contratos de obras para não incomodarem as empreiteiras, durante o
governo de Sérgio Cabral (2007-2014). Os conselheiros também são
investigados por obtenção de vantagens indevidas, a partir do controle
do saldo excedente não utilizado pelos usuários dos bilhetes eletrônicos
do RioCard. Apontado como o coordenador da caixinha das empreiteiras, o
ex-presidente do TCE decidiu colaborar com as autoridades após ser alvo
de mandado de condução coercitiva em dezembro do ano passado e ter
prestado depoimento na Polícia Federal do Rio. Durante a mesma operação,
batizada de Descontrole, foram conduzidos ainda o filho de Jonas e o
operador de mercado financeiro Jorge Luiz Mendes Pereira da Silva,
conhecido como Doda, que era suspeito de ser o responsável por recolher a
propina. Os conselheiros citados por ele foram: Aloysio Neves (atual
presidente); Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar
e José Maurício Nolasco. O nome da operação faz menção ao tributo
recolhido pela Coroa Portuguesa durante o período colonial: os donos de
minas tinham que entregar 20% do ouro obtido ao governo português.
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