Por Alexandre Galvão
Denunciados
pelo Ministério Público Federal (MPF), o conselheiro do Tribunal de
Contas dos Municípios, Mário Negromonte e o deputado federal Roberto
Britto (PP) negaram receber “mesadas” de propina.
Segundo o MPF, foram identificados dois esquemas de desvio de recursos:
na diretoria de Abastecimento (Petrobras) e outro ligado aos benefícios
que a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, obteve a partir da atuação
no setor petroquímico da estatal. O prejuízo foi de US$ 35 milhões,
entre 2006 e 2012.
“Isso é coisa antiga. Denúncia de criminoso confesso e não tem prova
material. Estou tranquilo. Nunca, de jeito nenhum, recebi mesada de
propina. Nem eu e nem o coitado do Mário Jr.”, afirmou Negromonte, ao Bocão News.
Britto disse que iria esperar ser notificado pela Justiça, mas também
negou ter recebido os pagamentos. “Isso nunca existiu, mas vou aguardar
minha defesa. Deixa eu ser notificado”, pediu.
Coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, afirmou que,
pelo menos, 21 políticos receberam propinas entre R$ 30 mil e R$ 300 mil
por mês, a título de mesadas.
“As evidências colhidas ao longo da investigação apontam que o dinheiro
ilícito da corrupção da Petrobras foi empregado para o enriquecimento
ilícito dos participantes e para financiar campanhas eleitorais. Neste
último aspecto, a corrupção, além dos seus efeitos perniciosos mais
usuais, atenta contra a legitimidade do processo democrático, por
desequilibrar artificialmente as disputas eleitorais”, disse Dallagnol,
em coletiva.
Mário Negromonte Jr. foi procurado, mas não respondeu aos telefonemas.
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