A esquerda quer o
cidadão desarmado. Que vá afagar os bandidos privilegiados com armas
clandestinas no inferno. Como cidadão livre e contrário ao fascismo
coletivista, quero o direito de possuir armas (de fogo, claro, porque as
outras já tenho) para me defender, com perícia e sempre dentro da lei.
Leiam os livros de John Lott Jr. (traduzido: "O Preconceito contra as armas"),
especialista no assunto, para saber a sacanagem que o Estado faz com o
cidadão desarmado. Aliás, "Mais armas, menos crimes" é outro livro do
mesmo autor. A propósito do tema, segue texto de Percival Puggina:
Quem se alinha com
teses sempre desastrosas, como os defensores do desarmamento, por
exemplo, senta-se sobre o lado esquerdo do traseiro. Por que será? As
exceções são tão raras que não ocupam lugar na arquibancada dos fatos
sociais. Não contentes com fincarem pé nos fracassos, nem com andarem
por aí arredondando pilar quadrado até que a casa caia, esse pessoal se
esmera em espancar o bom conselho e em desqualificar a divergência. Você
é contra o desarmamento? Então você é raivoso, da turma da bala; está a
serviço da indústria da guerra. Potencialmente, um assassino de
aluguel.
No entanto, a entrega
compulsória de todas as armas das pessoas de bem tem lugar de merecido
destaque na lista das iniciativas absurdas e maléficas já adotadas em
nosso país. Responde, diretamente, pelo aumento da criminalidade, tanto
em razão do quantitativo quanto da desfaçatez com que os bandidos
passaram a agir nos mais variados ambientes e circunstâncias.
Percebem-se – e de fato são – “donos do pedaço”, tocadores de gado para o
abatedouro ou para o brete da marcação. Rapidamente vamos adquirindo
destreza em preencher boletins de ocorrência, aos quais já tratamos na
intimidade como "os meus BOs".
Nós, os
conservadores, e boa parte dos liberais, cremos que a pessoa humana é
titular de direitos aos quais denominamos naturais. Entre eles, o
direito à vida, à liberdade e à propriedade dos bens legitimamente
havidos. Para os estatistas, socialistas, comunistas e outros
totalitários em geral, as coisas não são assim. Entendem que os direitos
nos são dados pelo Estado, motivo por que, fonte de todos os direitos,
ele se torna, simultaneamente, objeto de reverência e de assédio.
Estados vão à falência por conta do assédio. Sociedades são escravizadas
por conta da reverência.
O leitor destas
linhas pode estar pensando: “Mas se o Estado diz que eu não posso isto
ou aquilo, na prática eu não posso mesmo; na prática eu não tenho tais
direitos". Ora, se um direito é natural, inerente à condição humana, o
Estado pode não o reconhecer, mas ele não deixa de existir. Os
criminosos sentenciados têm a liberdade justificadamente tolhida; os
presos políticos em regimes não democráticos, tem a liberdade
injustificadamente contida. Mas o direito? Ah, o direito permanece na
pessoa!
Isso é tão
significativo quanto objeto de abuso. Se olharmos a pauta das
postulações daqueles corpos políticos a que me referi no início, veremos
que atuam invocando o reconhecimento de supostos direitos que seriam
naturais aos grupos que manipulam. Normalmente, não são.
Pois bem, a turma das
teses desastrosas acabou, simultaneamente, com o sistema penitenciário e
com a possibilidade de dar devida vigência repressiva ao Código Penal. A
realidade social evidencia que já há mais criminosos soltos do que
presos. As baixas contabilizadas pelas estatísticas são indicativas de
estado de guerra, e de guerra sangrenta. Em tais condições, nosso
direito à vida não pode ser preservado, defendido ou exercido na
ausência de legítimo e proporcional direito de defesa. No Brasil de
2017, a posse e o porte de armas deveria ser objeto de clamor nacional
ante o Estado omisso no cumprimento das obrigações. Esse não cumprimento
se torna ainda mais grave quando, simultaneamente, nos recusa o direito
à posse e ao porte de armas de defesa pessoal. Como gado para o
abatedouro, não!
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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