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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

'WSJ': Recuo da globalização pode causar próximo colapso das bolsas


Matéria publicada nesta segunda-feira (17) analisa que o enfraquecimento da globalização está forçando gestores de ativos a repensar suas estimativas para a direção futura das bolsas. As cotações das ações nos mercados de todo o mundo vêm há quase 30 anos sendo impulsionadas pela aceleração do comércio global e o fluxo mais livre de capitais, que estimulam o crescimento econômico e permitem que as empresas tenham acesso a novos mercados e tirem proveito de economias de escala.
A reportagem do Journal diz que levando-se em consideração a desaceleração no comércio mundial e agitações políticas que vão desde a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia até a conflituosa eleição presidencial americana, alguns gestores de recursos temem que a freada da globalização seja a próxima pedra no caminho do mercado global de ações.
As cotações das ações nos mercados de todo o mundo vêm há quase 30 anos sendo impulsionadas pela aceleração do comércio global 
As cotações das ações nos mercados de todo o mundo vêm há quase 30 anos sendo impulsionadas pela aceleração do comércio global 
O diário norte-americano observa que com políticas protecionistas ganhando força e iniciativas de incentivo ao comércio emperradas, o comércio global vai registrar neste ano seu crescimento mais baixo desde 2007, segundo a Organização Mundial do Comércio. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional alertou que as tendências contra o comércio, como alta de impostos, poderiam causar danos duradouros à economia mundial.
O WSJ comenta que alguns receiam que os efeitos possam atingir os lucros das empresas. As cotações das ações saltaram nas bolsas do mundo no início dos anos 90, depois da queda do Muro de Berlim e do fim da Guerra Fria. O comércio mundial teve forte crescimento, o McDonald’s Corp. começou a vender mais hambúrgueres na China e a Ford Motor Co. pôde fabricar carros a um custo menor na Tailândia.
O texto ressalta que o valor das ações nos EUA, por exemplo, saltou acima da média dos 120 anos anteriores, sob a premissa de que o comércio global continuaria se expandindo e o fluxo de mercadorias, serviços e capitais através das fronteiras se tornaria cada vez mais fácil, diz Christopher Mahon, diretor de pesquisa de alocação de ativos do grupo multiativos da Barings. O prêmio de globalização significa que as ações nos EUA são coletivamente negociadas a um índice preço/lucro quase uma unidade inteira maior do que teriam na ausência da globalização, estima a Barings. O índice preço/lucro, obtido pela divisão da cotação das ações pelo lucro por ação, é um parâmetro comum para avaliar se as ações estão caras ou baratas.
Investidores argumentam que, mesmo que a globalização esteja em declínio na maior parte do Ocidente, outras regiões continuarão se abrindo para o comércio, criando oportunidades de investimento, finaliza o The Wall Street Journal.

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