As coisas não são como parecem. Apesar de haver declarado que não se candidatará a um segundo mandato, ainda que a Constituição permita, o presidente Michel Temer não afasta a hipótese. Primeiro, será preciso que dê certo seu programa de recuperação nacional, porque dando tudo errado, nem pensar. Depois, torna-se necessário que não apareça outro candidato em condições de empolgar o eleitorado. Ninguém do PMDB, muito menos do PSDB, sequer das forças auxiliares.
Quem raciocina assim é o ministro Moreira Franco, a mais nova estrela da constelação palaciana, responsável pelo eclipse de Eliseu Padilha.
O ex-governador do Rio de Janeiro poderá acabar na Casa Civil. Dias atrás, comentou a importância de Michel preparar-se, mas só no devido tempo. Precipitar a equação equivalerá a fortalecer um dos três tucanos hoje posicionados, Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra. Melhor será combatê-los por inanição, deixando que se anulem. Ainda mais pelo fato de ser o atual presidente a única opção do PMDB, claro que no momento oportuno e na dependência do sucesso econômico.
Quem se prepara, diante de outras variáveis, é Ciro Gomes, com cadeira cativa no PDT. Mas só terá chances se o governo Temer fracassar.
Quando janeiro chegar; novas cartas poderão ser distribuídas, inclusive o Curinga, no caso o Lula, se escapar da guilhotina de Curitiba.
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