Para preservar a fauna aquática e assegurar a possibilidade de repovoar o Rio Doce, após pedido de pescadores, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), recomendou que a pesca nos afluentes do rio sejam suspensas. A medida, expedida por meio do Grupo Especial de Defesa da Fauna (Gedef) ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), foi emitida no dia 21 de março e o Istituto tem um prazo de até 20 dias para respondê-la.
MPF quer ampliar área de proibição de pesca no rio Doce e sua foz
Segundo o documento, o Rio Doce foi contaminado com lama de minério após o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em 5 de novembro de 2015. A poluição pelos rejeitos causou sérias alterações e impactos no ambiente, como a piora da qualidade da água do rio, mortandade de peixes e da vida aquática. O acidente prejudicou ainda as atividades econômicas da região, como a pesca.
O pedido de pescadores da área que vai de Ponte Nova a Aimorés é do dia 9 de dezembro de 2015. Eles procuraram o Ministério Público preocupados com o risco de extinção de espécies de peixes afetadas pela onda de rejeitos do rompimento da barragem e solicitaram a proibição da pesca em alguns pontos dos afluentes do Rio Doce. No entanto, a proibição da pesca e suas condições na região é de competência do IEF, que deve informar ao Gedef quais as providências serão tomadas, até o dia 9 de abril.