Foto: Marina Silva / Correio
O acidente de ônibus que fez o esgoto ser lançado sem tratamento no mar através do Rio Lucaia (veja mais) alterou 'de forma significativa' a qualidade da água entre o Rio Vermelho e o Farol da Barra no último dia 24 de março. Um estudo realizado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) divulgado nesta sexta-feira (1º) indica que, um dia depois do início do problema na estação de bombeamento da Embasa, os índices de bactérias presentes nas amostras coletadas estavam altos em todo o trecho analisado, deixando-o impróprio para banho. A única exceção foi em Amaralina. O local mais afetado foi o ponto localizado próximo a Igreja de Nossa Senhora Santana. O lançamento do esgoto começou no dia 23 de março e durou cerca de 40 horas. Amostras recolhidas na última segunda-feira (28), cinco dias depois do início do problema, indicam que em pontos mais próximos do lançamento do esgoto a qualidade das águas teve piora ou se manteve estável. De acordo com o Inema, a situação pode ter se agravado no Rio Vermelho e em Ondina por conta de chuvas ocorridas no período. Apenas amostras recolhidas nesta quinta-feira (31), indicaram melhoras significativas no mar e deixaram o trecho da orla próprio para banho novamente. Depois de um acidente de ônibus na Avenida Vasco da Gama derrubar o fornecimento de energia na região, a Estação de Condicionamento Prévio do bairro do Rio Vermelho operada pela Embasa deixou de funcionar. Responsável pelo bombeamento de cerca de 60% dos esgotos sanitário de Salvador para o emissário submarino do Rio Vermelho, o problema fez o esgoto ser lançado sem tratamento no Rio Lucaia, desaguando na praia.
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