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terça-feira, 5 de abril de 2016

Impeachment: Cunha diz que defesa de Dilma mente


Peemedebista disse que o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, que defendeu a presidente, 'busca um antagonismo para se furtar a dar as explicações à comissão'

Por: Felipe Frazão, de Brasília
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante eleição da comissão que irá analisar o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (17)
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante eleição da comissão que irá analisar o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (17)(Andressa Anholete/AFP)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu nesta segunda-feira os argumentos do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, na defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial do impeachment. O peemedebista disse que o ministro "busca um antagonismo para se furtar a dar as explicações à comissão".
A pedido de Dilma, Cardozo alegou que a aceitação da denúncia foi uma vingança de Cunha porque o PT decidiu votar favoravelmente à abertura de um processo por quebra de decoro que pode resultar na cassação de Cunha. O deputado também é réu na Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal.
"O ministro está faltando com a verdade e exercendo de forma indigna a defesa. Ele falta com a verdade em todos os sentidos, ao dizer que o processo é nulo e que tem desvio de poder. Eu aceitei a abertura no dia 2 de dezembro e a primeira votação no Conselho de Ética foi no dia 15 de dezembro. Ele busca, obviamente, tentar polarizar comigo para evitar a discussão do que ele tem que defender", disse Cunha.
Cunha disse que Cardozo deveria explicar a corrupção na Petrobras e a acusação de obstrução da Justiça, conforme delatado pelo senador Delcídio do Amaral (MS), ex-petista que liderou o governo no Senado e revelou o envolvimento direto do Planalto para barrar a Lava Jato.
Panamá - Cunha afirmou que não é beneficiário de uma empresa offshore no Panamá, conforme a investigação internacional Panama Pappers, que revelou dados secretos da Mossack Fonseca, escritório especialista em vender empresas de prateleira.
Ele disse que não tem nenhuma vinculação, direta ou indireta, com a offshore. "Não tem um documento. Eu desafio a provarem. Assino qualquer procuração de quebra de sigilo dessa ou de qualquer companhia."
Entre os personagens citados nos documentos da Mossack Foonseca, consta o banqueiro suíço David Muino, gestor de contas bancárias que são atribuídas a Cunha.
Uma das contas atribuídas a Cunha foi aberta por meio da offshore Penbur Holdings. A empresa foi descrita em delação premiada do empresário Ricardo Pernambuco, que disse que Cunha teria usado a conta em nome da Penbur para receber propina no exterior. A assinatura do peemedebista não consta no documenta da offshore. Cunha negou conhecer David Muino.

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