Em reunião nesta quarta-feira com o ministro da Secretaria de Governo,
Ricardo Berzoini, deputados federais do PT traçaram uma estratégia de
reação ao eventual governo do vice-presidente Michel Temer. A ordem do
Palácio do Planalto é deixar Temer "à míngua", sem informações sobre a
gestão, e acelerar os programas em andamento pela presidente Dilma
Rousseff. Com a certeza de que a votação do impeachment no Senado,
prevista para o dia 11 de maio, afastará Dilma por até 180 dias, o
governo e o próprio PT já preparam os próximos passos do divórcio
litigioso. Um dos participantes da reunião desta quarta-feira - que
contou com a presença de 45 dos 57 deputados petistas e ocorreu na sede
do PT - afirmou, ainda, que não haverá "transição" de governo, com
informações sobre cada pasta. "Transição é quando há um governo eleito,
com legitimidade. Não é este o caso", argumentou o parlamentar. Na
reunião com Berzoini, houve críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF),
que ainda não se posicionou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da
República para afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo. O
presidente da Câmara é réu em ação autorizada pelo Supremo, acusado de
desviar recursos no esquema de corrupção da Petrobras, e enfrenta
processo de cassação do mandato no Conselho de Ética da Câmara. (Veja)
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