Litro do açaí grosso está entre R$ 13 e R$ 15 nas amassadeiras da capital.
Preço é reflexo do valor da saca do açaí, que varia de R$ 300 a R$ 400.
Aumento do consumo do produto seria uma das causas do alto custo (Foto: Abinoan Santiago/G1)
A alta no preço do litro do açaí está afastando os consumidores dos pontos de venda do produto em Macapá. A explicação não seria apenas o período de entressafra, mas o aumento do consumo dentro e fora do Brasil.A venda caiu em 50% na amassadeira de Márcio dos Santos nos últimos meses. O motivo seria o alto preço cobrado pelo litro do açaí grosso, comercializado no local entre R$ 13 e R$ 15. O valor, segundo o comerciante, é reflexo do preço da saca do açaí, que varia de R$ 300 a R$ 400.
"Devido à grande falta de açaí que deu esse ano, nunca tinha acontecido. Mais de 20 anos que nós estamos trabalhando com açaí e nunca tinha acontecido uma falta deste tamanho", afirma.
O açaí do comerciante vem do nordeste do Pará, um dos maiores produtores da região. Ele conta que os produtores também sentiram o impacto na queda das vendas. Alguns estão na expectativa da situação melhorar nos próximos meses."O problema começa por lá, chega para nós [vendedores] e termina no consumidor. Infelizmente essa é a realidade", lamenta.
Comerciante Valdeci Moraes conta como dribla
a crise (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
Valdeci Moraes trabalha há mais de 20 anos com a venda de açaí em
Macapá. Ele conta que já passou por dificuldades, mas nesses momentos, a
criatividade surge da necessidade.a crise (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
Além do açaí, Valdeci começou a vender produtos a base da fruta, como o chopp de açaí, também conhecido como geladinho entre os paulistas e sacolé, para os cariocas.
Com a grande procura, ele passou a vender com outros sabores de frutos da região Norte. "Essa é uma maneira de driblar essa situação", disse com bom humor.
Cleiton Castro, de 36 anos
(Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
Por mais que os comerciantes se desdobrem para não perder a clientela,
os preços altos fazem que com muitas pessoas tirem o açaí do cardápio
diário. Esse é o caso do Cleiton Castro, de 36 anos, que foi a um ponto
comercial apenas comprar chopp.(Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
"O litro do açaí está um absurdo. Eu costumava tomar diariamente, mas hoje não tem condições do alimento continuar na minha mesa", disse Cleiton.
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