Mais uma vez a vergonheira tomou assento no Palácio do
Planalto, Matriz da Corrupção do Brasil.O Governo e o PT acionaram a sua “força
tarefa” com sacos e mais sacos cheios de dinheiro e outras vantagens
oferecidas, à caça de parlamentares de todos
os partidos políticos de pouca expressão (inclusive dos nanicos),possivelmente interessados
em participar do saqueamento e do rateio de
cargos da Administração Federal ,antes ocupados pelo PMDB, que acabou
virando as costas para oGoverno, após usufruir e compartilhar de todas as
vantagens do poder durante todos
esses treze anos nos quais o PT governa, inclusive no rateio da corrupção
sistêmica que se instalou nesse período.
Essa preciosa “moeda” de troca,com alto poder de compra,
abandonada pelo PMDB,em vista dos seus interesses maiores e imediatos ,inclusive
buscando “lavar as mãos” da corrupção e
da bandalheira política instalada, da qual fez parte, dentro de um clima de “salve-se quem puder”, se ajusta
como uma luva aos interesses do Governo
, dando-lhe munição para comprar os seus
substitutos no apoio que precisa contra
o processo de impedimento que se instala.
Hoje não daria para garantir ao certo se a oposição ao
Governoconseguirá, ou não, a maioria de 2/3 (dois terços) dos votos necessários de parlamentares para aprovar o impeachment de Dilma Rousseff , por crime de
responsabilidade. Entretanto o que parece certo é que essa “conta”tenderia a
estar bastante” apertada“hoje, para um lado ,ou para outro.
Todavia uma coisa é certa:o grupo de parlamentares que vai
votar pró-Dilma ,contra o seu impedimento, vai se manter coeso nessa postura ,sem mudar um só centímetro da
sua posição , até o dia da votação. O
mesmo não se pode dizer dos que estão do outro lado, ou seja, dos que tendem a
aprovaro impeachment da Presidente, por crime de responsabilidade. Muitos deles
certamente agirão como o camaleão, mudando de cor na hora do “pega”, recebendo
em troca mil vantagens.
Essa diferença é fácil de explicar. Só existe possibilidade
de compra de votos em relação aos que se inclinama votarcontra Dilma ,porque o
seu Governo é o único que tem a chave do cofre.
Mas a chave desse mesmo cofre não serviria para pagar os que mudassem de
posição no sentido oposto, ou seja, de “pró-Dilma ,para “contra-Dilma”.
Trocando tudo em miúdos: só os que votariam a favor do impeachment poderiam ser
comprados para mudar o seu voto , a
favor do Governo. O outro lado não
poderia ser comprado por estar frente a um cofre totalmente vazio. Isso tudo
significa que só um lado tem poder de compra, o pró-Dilma; o outro, contra-Dilma, não tem qualquer poder de
compra.
Antes se afirmou que “hoje” não daria para prever com
certeza o resultado da votação do impeachment. Mas em poucos dias já será
possível. Estou particularmente convencido que o Governo vencerá essa disputa, apesar
de contrariado o mínimo respeito que a ética deveria ter na política.
Sua vitória estaria garantida justamente por aquele
contingente de parlamentares que o Governo conseguiu comprar a tempo, antes da
votação do impeachment.Ena verdade ele teria tanta facilidade nessa operação ,tanta mesmo, que
nem precisaria fazer muita força
para obter recursos mediante ,por
exemplo, uma “vaquinha” para conseguir 50 ou 100 milhões de reais, entre os seus correligionários corruptos ,que roubaram
bilhões, e que bem poderiam contribuir
com alguns “trocadinhos” para ajudar o Governo nessa operação diabólica, que
agride qualquer noção que se possa ter da verdadeira democracia, ou seja,para
pagar a “folha” desses parlamentares que se venderam, os quais estariam,certamente,
enquadrados dentre os mais “baratos” de todos, e que se tivessem insistido mais
sobre eles ,provavelmente até poderiam ser comprados por bem menos,
por um cacho de banana, por exemplo. Esse tipo de postura não seria de
surpreender nada em relação ao perfil dominante dos políticos brasileiros,
egressos das sarjetas da ética pública, e só eleitos em virtude de uma
“democracia” degenerada, deturpada, melhordefinindo, da OCLOCRACIA.
Em substituição ao dinheiro, o Governo poderá pagar essa
gentalhaque se vende com os milhares de
cargos que dispõe na Administração Pública, com vagas em aberto devido à
debandada do PMDB, de primeiro
(ministérios) ,segundo e terceiro escalões. Trinta ou quarenta deputados seria
uma necessidade bastante fácil de comprar.E esses serãojustamente os
“decisivos” em relação ao impeachment. Em paga dessa opção, o Governo teria a
oferecercargos bem remunerados ,em todos
os escalões governamentais, que em si mesmos
já formam um império à parte, muito superior às necessidades do Brasil,
o que é característica em todos os países pobres e corruptos,para distribuí-los
livremente entre os que o apoiassem.
Mas a verdade é que com ou sem impeachment,não se
verianenhuma grande diferença . Temer, o vice, que assumiria no seulugar, não é
nada melhor que Dilma. Como o povo gosta de dizer: os dois são “farinha do
mesmo saco”.
Nem importando o resultado final desse processo de
impedimento, s e fica Dilma, ou se assume Temer no seu lugar, a verdade é que
essa seria uma saída meramente política, para satisfazer somente os interesses
próprios dos políticos. E nenhuma solução política atenderá as necessidades do
povo brasileiro. “Eles” fizeram por não merecer mais essa confiança.
Em vista dessas considerações, parece certo
que a única saída viável para o Brasil seria uma intervenção no sentido de
imediata destituição dos Três Poderes, fazendo valer o PODER INSTITUINTE E SOBERANO DO POVO, com a
imediata intervenção prevista no artigo 142 da Constituição, se necessário com
o uso de força, que certamente as Forças Armadas não se negariam a emprestar ,
a despeito da provável contrariedade dos seus comandantes ,servis ao Governo
corrupto e traidores da caserna e do povo brasileiro, que deveriam previamente
ser afastados dos seus comandos, e presos, caso resistissem.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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