Chefe do governo britânico diz à ITV que não tem 'nada a esconder'.
Ele diz que teve 5 mil títulos de investimento no valor de 30.000 libras.
O primeiro-ministro britânico David Cameron fala aos membros do Parlamento em Londres, na segunda (21) (Foto: AFP PRU/AFP)
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, admitiu nesta
quinta-feira (7) em entrevista à emissora "ITV" que teve ações no valor
de 30.000 libras (cerca de R$ 158,2 mil) em um fundo de investimento
offshore criado por seu pai, Ian Cameron.O chefe do governo britânico reconheceu que foi titular junto com sua esposa, Samantha, de 5.000 títulos da Blairmore Investment Trust, uma sociedade registrada nas Bahamas, entre 1997 e janeiro de 2010, quatro meses antes de tomar posse como primeiro-ministro.
Cameron assegurou na entrevista que não tem "nada que esconder". Ter uma offshore não é ilegal, desde que a empresa seja declarada no Imposto de Renda. Cameron afirmou na entrevista que pagou impostos do Reino Unido sobre os lucros que obteve com a venda das ações.
"Eu vendi tudo em 2010, porque, se iria ser primeiro-ministro, não queria que ninguém me dissesse que tinha outros interesses", afirmou.
A afirmação de Cameron é feita depois dos vazamentos à imprensa internacional de 11 milhões de documentos do escritório panamenho Mossack Fonseca que revelaram os negócios em paraísos fiscais de seu pai, falecido em 2010. O dossiê ficou conhecido como "Panamá Papers".
Até agora o gabinete de Downing Street havia emitido quatro notas sobre o assunto, afirmando se tratar de um tema "privado" do primeiro-ministro.
Uma fonte do governo disse nesta terça-feira à agência France Presse que o premiê "não tem qualquer participação em um fundo 'offshore'".
Nenhum comentário:
Postar um comentário