MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Professor faz greve de fome contra reajuste de energia em Boa Vista


Pierre Pinto iniciou greve nesta terça (3) em frente à Eletrobras Roraima.
Concessionária informou que vai se pronunciar nesta quarta-feira (4).

Marcelo Marques Do G1 RR
Greve acontece em freten à Eletrobras (Foto: Marcelo Marques/ G1)Greve acontece em frente à Eletrobras
(Foto: Marcelo Marques/G1 RR)
O reajuste da tarifa de energia elétrica em Boa Vista, que começou a valer no domingo (1°), motivou o professor Pierre Pinto, de 40 anos, a iniciar uma greve de fome em frente à Eletrobras Distribuição Roraima (EDR) nesta terça-feira (3). O protesto contra o aumento foi publicado em seu perfil em uma rede social onde recebeu apoio de internautas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou o aumento de 40,33% para clientes residenciais. Para aqueles com fornecimento em média e alta tensão, no caso de indústrias e comércio, o reajuste será de 43,65%.
"Não podemos aceitar a elevação do preço em 40%. Vamos pagar uma energia cara, sem estarmos ligados ao Sistema Nacional de Energia [SNE]. Como consequência, aumentarão diversos produtos em supermercados. É um efeito cascata. Quem terá o prejuízo somos nós, consumidores", diz Pierre. Ele ressalta a importância de órgãos públicos e de parlamentares do estado se posicionarem contra o reajuste.
"É necessária a participação de todos para podermos derrubar esse aumento abusivo. Continuarei com a greve de fome até esse reajuste ser revogado. A população não deve aceitar. Não podemos arcar com uma energia cara", sustenta.
Esta é a segunda greve de fome feita por Pierre no estado. Em abril deste ano, o professor protestou em frente à Câmara de Boa Vista para reduzir o salário dos vereadores.
A deputada federal Maria Helena (PSB) procurou o Ministério Público de Roraima (MPRR) e entregou ofício pedindo apoio para que o aumento nas tarifas de energia elétrica seja revisto.
“Os consumidores foram surpreendidos pelo aumento. Este reajuste deve ser discutido em audiência pública, mas não aconteceu. Isso é abusivo e não podemos aceitar”, afirma, acrescentando que o estado recebe uma energia de má qualidade da Venezuela.
De acordo com ela, as empresas irão repassar o aumento diretamente aos consumidores, gerando, consequentemente, uma série de problemas, como preços altos nas prateleiras e até demissões.
O senador Telmário Mota (PDT) disse que está cobrando de órgãos públicos um posicionamento da Aneel. "Estamos tomando providências em Brasília. Não podemos deixar o povo pagar pelos erros de outros políticos. Este reajuste não era para ter acontecido. Vou requerer aos órgãos fiscalizadores um posicionamento em relação ao aumento da energia", afirma Telmário.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Eletrobras Distribuição Roraima e foi informado que a concessionária se posicionará nesta quarta-feira (3) sobre o protesto do professor.

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