A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira, em Brasília, o
pecuarista José Carlos Bumlai na 21ª fase da Operação Lava Jato,
batizada de Passe Livre. A nova etapa inclui investigações de pagamento
de propina e fraude em licitações na contratação de navios-sonda pela
Petrobras. Ao todo, além da prisão preventiva de Bumlai, estão sendo
cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva
em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Lins (SP), Piracicaba (SP),
Campo Grande e Dourados (MS). Bumlai iria depor na tarde desta
terça-feira na CPI do BNDES e estava em um hotel próximo ao Palácio da
Alvorada quando foi detido. Ele será levado para a Superintendência da
PF em Curitiba. O pecuarista foi citado na Lava Jato pelo lobista
Fernando Baiano, apontado pelo Ministério Público como lobista do PMDB
que intermediava o pagamento de propinas a agentes públicos que
sangravam os cofres da Petrobras. Em depoimento à PF, Baiano disse ter
repassado quase 2 milhões de reais a uma nora do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a pedido de Bumlai. Segundo as investigações, os
valores eram referentes a uma comissão a que o pecuarista tinha direito
e, na transação, foi simulado um contrato de aluguel de equipamentos e
emitidas notas fiscais falsas. O ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa já havia dito, em depoimento, que José
Carlos Bumlai "era um contato muito próximo de Fernando Baiano". (Veja)
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