Comunidade era conhecida como a mais violenta de Aracaju.
Segundo os moradores, a violência ainda é uma realidade.
O Bairro América surgiu em 1926 (Foto: Tássio Andrade/G1)
O Bairro América começou a surgir em 1926 com a inauguração do Presídio de Aracaju.
Segundo os historiadores, várias famílias de detentos passaram a erguer
casas ao entorno do local. A região ganhou aparência de bairro depois
que teve os terrenos loteados e vendidos.
Aposentada mora no bairro Há 40 anos
(Foto: Tássio Andrade/G1)
Durante todo o século XX, o Bairro América era conhecido pela violência
e o tráfico de drogas. A região era lembrada como uma favela perigosa e
temida.(Foto: Tássio Andrade/G1)
Atualmente a realidade é outra, o local ganhou aspecto de comunidade. Segundo a aposentada Carmosita Ferreira, mais conhecida como Nill, que mora no bairro há 40 anos, muita coisa mudou, mas os anseios da polução ainda também são muitos.
“Quando eu cheguei aqui era tudo no barro, os caminhões passavam o dia tirando areia. De repente os barracos foram se erguendo, depois viraram casas, e foi assim que o Bairro América cresceu. A violência reinava nesse lugar, ninguém saia de casa. Houve uma melhora importante, mas ainda precisamos de muita coisa. O calçamento aqui da rua mesmo é terrível, temos problemas também com o saneamento básico. Meu sonho era encontrar um dia minha rua todo bonitinha”, revela a aposentada Carmosita Ferreira.
Violência dominou bairro durante todo o século XX (Foto: Tássio Andrade/G1)
Para o jovem Thiago Alves, que trabalha como auxiliar-administrativo, a
violência no bairro América é uma realidade bem viva. “A prioridade em
minha opinião é a segurança, precisamos disso. Os assaltos aqui na
comunidade são constantes e o tempo todo, a população se sente
fragilizada. Sei que o local já foi bem pior, mas sabemos que o tráfico
de drogas ainda existe e é uma realidade que amedronta a todos. Toda
semana alguém é assaltado por aqui, ações muitas vezes violentas”,
denuncia Thiago.
thiago diz que violência ainda é uma realidade no
bairro (Foto: Tássio Andrade/G1)
“Estamos realmente precisando de segurança. Na minha rua sempre tem
assalto, a iluminação é precária. O meu desejo é por mais segurança, uma
iluminação eficaz, por aqui as ruas sempre estão escuras e isso
favorece a criminalidade”, conta a cabelereira Lidiane Silva.bairro (Foto: Tássio Andrade/G1)
A população também ressalta a dificuldade que a comunidade tem em relação ao acesso à saúde. “Temos dificuldades quando precisamos de um atendimento médico. Meu filho mesmo precisa sempre tomar vitamina C, mas aqui na rua não existe agente de saúde. Trabalho o dia todo para sustentar minha família, encontrar um tempo para ir até um posto é complicado. Queria muito que o atendimento ao meu filho melhorasse. Afinal, o importante é ter saúde, se meu filho ficar doente não posso ir trabalhar, eu só peço para poder trabalhar todos os dias”, conclui Eliane Santos, operadora de caixa.
Moradora pede mais saúde (Foto: Tássio Andrade/G1)
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