Diminuição do gelo do Ártico reduz oferta de comida para os animais.
Ursos polares não conseguem reduzir metabolismo como na hibernação.
Urso polar jovem é visto em foto de 2009 (Foto: Reuters/Shawn Harper/Universidade de Wyoming)
Ursos polares são os reis da superfície de gelo que cobre o topo do
globo. Mas a perda do gelo marinho do Ártico, onde eles caçam focas,
está levando a uma situação de falta de comida durante o verão que
ameaça esses predadores.Um estudo publicado nesta quinta-feira (16) na revista "Science" mostrou que isso não está acontecendo. Pesquisadores monitoraram a temperatura do corpo, além de níveis de atividade e de movimentos de 30 ursos polares. Eles descobriram que ors ursos limitavam um pouco o gasto de energia no verão, mas não o suficiente para driblar a privação de comida que eles têm enfrentado.
Isso significa que os ursos polares não podem usar as taxas metabólicas mais baixas para aumentar o período que podem ficar sem comida, dependendo apenas da gordura corporal estocada. "Eles não conseguem reduzir o metabolismo em níveis similares à hibernação", disse pesquisador Merav Ben-David, professor de zoologia e fisiologia da Universidade de Wyoming.
A perda de gelo marinho no Ártico, atribuída ao aumento das temperaturas em meio às mudanças climáticas, tem despertado temores sobre o futuro dos ursos polares.
Para coletar as informações, os pesquisadores implataram cirurgicamente minúsculos equipamentos para registrar a temperatura corporal do animal a cada hora e colocaram um sensor para monitorar o quanto os animais se movimentavam durante o período da análise.
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