Duas promessas permitiram ao Palácio do Planalto obter o apoio
total dos aliados da bancada baiana ao projeto de lei das desonerações,
algo raro nas últimas votações da Câmara. A primeira, a liberação
imediata de R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares, impactou
positivamente sobre toda a base governista, que espera contar com os
recursos para manter redutos a um ano do início da corrida eleitoral de
2016. Já a segunda surtiu especial efeito entre os deputados da Bahia: a
garantia de acelerar a distribuição de cargos do terceiro escalão em
órgãos federais do estado. Segundo um dos membros da bancada, o acordo
só foi possível após a articulação política do governo assegurar o fim
da interferência direta do Palácio de Ondina no processo.“Esse é o
principal motivo das nossas insatisfações. Divergir entre nós é do jogo,
mas queremos que a palavra final seja do Legislativo. Imposições
dificultam”, confidenciou.O aceno do Planalto foi tão preciso que, dos
28 parlamentares baianos que votaram na sessão da última quarta-feira,
20 foram a favor e apenas 8 contra. Entre os deputados baianos filiados a
partidos que compõem o arco de alianças da presidente Dilma Rousseff
(PT), Benito Gama (PTB) foi a única defecção. Ainda assim, em termos, já
que Benito flerta abertamente com a oposição. POLÍTICA LIVRE
Jairo Costa Jr., Correio*
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