Planta é uma espécie potencial para alimentação do peixe-boi marinho.
Angiosperma marinha foi encontrada na APA da Barra do Rio Mamanguape.
Espécie Halophila baillonis era considerada extinta no litoral brasileiro (Foto: Karine Magalhães/Divulgação)
Uma espécie rara de vegetação aquática foi encontrada por pesquisadores
da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) e da Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE) na Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do
Rio Mamanguape, no município de Rio Tinto,
na Paraíba. De acordo com as biólogas Maria Elisa Pitanga e Karine
Magalhães, que desenvolveram o projeto, a angiosperma marinha Halophila baillonis, espécie potencial para alimentação do peixe-boi marinho, era considerada extinta no Brasil.A pesquisadora Karine Magalhães estuda há anos as angiospermas marinhas e comenta que está otimista com o resultado da pesquisa na APA da Barra do Rio Mamanguape. “A descoberta desta população irá atrair ainda mais atenção aos ecossistemas aquáticos e a estas plantas que fornecem diversos serviços ambientais, como é o caso de ser alimento do peixe-boi marinho. A descoberta é excelente já que confirma a existência de mais uma população desta espécie, pois hoje só há 10 ou 11 ao redor do globo”, explica Karine.
Peixe-boi marinho na Barra do Rio Mamanguape
(Foto: Divulgação/Luciano Candisani)
Segundo a coordenadora do projeto, é importante dar continuidade às
pesquisas na região, de forma a garantir a proteção de espécies com o
peixe-boi marinho, que se encontra em estado de vulnerabilidade. Ela
destaca que a PA de Mamanguape apresenta características ecológicas que
propiciam a existência de inúmeras espécies da fauna e da flora, algumas
até ameaçadas de extinção.(Foto: Divulgação/Luciano Candisani)
"É importante realizar estudos de mapeamento dessa vegetação ao longo do litoral do Brasil, levantando as causas que vêm proporcionando a perda de área destes ecossistemas, visando contribuir no direcionamento de esforços para a conservação destas espécies, que são uma das principais fontes de alimento para o peixe-boi marinho”, conclui Maria Elisa.
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