Seduc
visitou cidades na semana passada e constatou situação de uma escola
municipal, na comunidade rural São Francisco de Paratarizinho, invadida
pela água (Foto: Divulgação/Seduc)
Quase 40 mil alunos da rede pública de ensino estão sem aulas nas
cidades do Amazonas atingidas pela cheia. De acordo com a Secretaria
Estadual de Educação (Seduc), as escolas terão calendário especial e os
estudantes devem ter que estudar aos sábados e feriados. A previsão da
secretaria é que, a partir de julho deste ano, as aulas comecem a voltar
ao normal.
Segundo o titular da Seduc, Rossieli Soares, alguns alunos estão sem
aula porque as escolas foram inundadas e outros porque a família
precisou sair de casa por causa da cheia, o que impede os estudantes de
frequentarem as aulas.
Ele afirmou ainda que cada situação será analisada individualmente para
não prejudicar o ano letivo. "Vamos adotar calendário especial para
cada escola. É possível que adotemos medidas, como aulas repostas aos
sábados e em feriados, tudo para evitar o atraso no conteúdo e conseguir
cumprir os calendários escolares. É provável que em julho o rio comece a
baixar em algumas cidades e as aulas já sejam retomadas", disse o
secretário.
Na semana passada, a Seduc também visitou
escolas na comunidade Jaiteua de Cima, em
Manacapuru
(Foto: Divulgação/Seduc-AM)
Em Manacapuru, onde a situação de emergência foi reconhecida na última
semana, 65 escolas da Zona Rural estão com as aulas suspensas em
decorrência da cheia do Rio Solimões. Segundo a coordenadora da Defesa
Civil do Município, Marta Neves, as 65 escolas atendem o equivalente a
2.400 estudantes.
Ainda segundo o órgão, todas as escolas da Zona Urbana de Manacupuru estão funcionando normalmente.
No município de Anamã, que também teve emergência reconhecida, 28
escolas tiveram as atividades paralisadas, prejudicando o ano letivo de
2.808 alunos, segundo o coordenador-adjunto da Defesa Civil na cidade,
Lindolfo Cardoso.
Imagem feita em Anamã nesta segunda; cidade está
100% alagada (Foto: Defesa Civil/Divulgação)
"A cidade está 100% alagada, passando por situações adversas. Mais de
500 casas estão com assoalhos submersos pelas águas. A prefeitura tem
feito intervenção com tábuas, abrigo em barcos e deslocamento de pessoas
para outras cidades. As equipes de saúde têm feito atendimento nas
casas de pessoas idosas e no posto da cidade. A assistência social
também vem fazendo visitas domiciliar aos idosos e deficientes e
atendendo com cestas básicas", informou Cardoso.
Em todo do Amazonas, mais de 20 cidades decretaram situação de
emergência por conta da cheia no estado. A cidade de Boca do Acre está
em calamidade pública.
Humaitá, no Rio Madeira, e outros três municípios do Médio Solimões –
Fonte Boa, Uarini, Alvarães – estão em situação de alerta.
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