Manifestantes no Recife pedem intervenção militar no Brasil

Nova passeata aconteceu na Avenida Boa Viagem, na tarde deste domingo.
Caminhada seguiu até o Segundo Jardim, na orla da cidade.

Do G1 PE

Novo protesto aconteceu na Avenida Boa Viagem, no Recife, na tarde deste domingo (Foto: Luna Markman / G1)

Um novo protesto aconteceu na tarde deste domingo (15) na Avenida Boa Viagem, no Recife, desta vez pedindo intervenção militar constitucional no Brasil. A concentração teve início na Padaria Boa Viagem, às 14h, e por volta das 14h30 começou a caminhada, que chegou ao Segundo Jardim cerca de uma hora depois. De acordo com os organizadores, o evento reuniu 500 pessoas; a Polícia Militar acompanhou e estimou em 150 participantes. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano falou em 300 pessoas.

O movimento Direita Pernambuco é um dos que participa da passeata. "Esse movimento reúne pessoas a favor da intervenção militar e é contra o Foro de São Paulo, uma das maiores organizações criminosas do país, que reúne partidos de esquerda na intenção de instaurar o regime comunista de Fidel. Nós defendemos o regime militar porque o impeachment só derruba Dilma, e o regime geraria uma auditoria geral das contas do governo federal e dos estados", disse Adriano Lins, um dos organizadores do movimento.

Adriano Lins defende a volta do regime militar. "O
impeachment só derruba Dilma, e o regime geraria
uma auditoria geral das contas do governo federal
e dos Estados" (Foto: Luna Markman / G1)

Para o engenheiro Sérgio Vilaça, "o PT fechou todas as portas para qualquer solução democrática quando aparelhou todas as instituições e não nos deixou outra saída [que não pedir a intervenção militar]". O estudante Jean Pereira concorda com Vilaça. "Por ser comunista, ela [a presidente Dilma Rousseff] está minando a educação com falsas ideias de progresso. Intervenção é a forma mais segura de estabelecer a ordem", diz.
A estudante Maria do Carmo Portela, 19 anos, é outra que pede pela implantação de um governo militar no Brasil. "Defendo a intervenção porque o país está uma palhaçada. Eu não vivi o regime militar, mas soube pela minha mãe e avô que foi a melhor época da vida deles, tudo estava em ordem".
A funcionária pública Célia Fortunato acredita que a intervenção deve ser baseada na legalidade. "Nós estamos caminhando para uma ditadura comunista igual à Venezuela,  então defendemos a intervenção militar constitucional. Só as Forças Armadas podem salvar o Brasil da ditadura comunista em que se encontra a Venezuela".
A dona de casa Cibele Nunes fez um cartaz em inglês para participar do ato. "É para que a mídia internacional saiba que nós temos um governo corrupto, que está implantando o comunismo no Brasil. Defendemos a intervenção para que os militares tirem o PT, punam os corruptos e depois façam novas eleições", diz.

Novo protesto aconteceu na Avenida Boa Viagem, no Recife, na tarde deste domingo (Foto: Luna Markman / G1)