O defunto Eduardo Campos fez um estrago maior do que o avião que o
vitimou quando caiu no meio do casario de Santos. Marina Silva, sua
sucessora, especializada em cafetinar mortos desde Chico Mendes, emergiu
dos destroços da candidatura socialista e saltou, da noite para o dia,
para um patamar de 30% de votos. Recuperou os 20% que tinha em 2010 e
angariou mais 10% por conta da tragédia. Tirou votos de Dilma e de
Aécio, mas indicam os institutos que a maior fonte que alimentou este
crescimento vertiginoso foram os indecisos, brancos e nulos.
Passada a tragédia e mais uma semana de alta exposição, que poderá ser
positiva, dependendo da sua entrevista hoje, no Jornal Nacional, além de
mais duas pesquisas que saem hoje (CNT) e na próxima sexta (Datafolha),
Marina terá que enfrentar a falta de estrutura para campanha, um
partido dividido e um tempo de televisão que é a metade de Aécio Neves.
Além disso, sua vida será virada pelo avesso pelos meliantes do PT, com
os seus dossiês e a sua máquina de assassinar reputações.
O PSDB mostrou que tem um patamar fiel de 20% dos votos e a rejeição de
Aécio Neves está em 18%, a metade de Dilma Rousseff. Aécio Neves ainda é
o candidato menos conhecido e tende a avançar na medida em que o
eleitor conhecer as suas propostas e a sua trajetória. Hoje o quadro
pode ser resumido em dez pra lá, dez pra cá. A oposição precisa buscar
mais 10% de votos para estar no segundo turno. Terá que buscar os 5% que
perdeu para Marina em função da tragédia. Terá que convencer outros 5% a
votar no partido e isso, sem dúvida alguma, as alianças e as próprias
candidaturas tucanas poderão conseguir.
A única boa notícia é que Dilma e o PT estão fora do poder em 2015,
mantido o atual quadro. Se Aécio subir 10%, passa Dilma no embate do
segundo turno, assim como Marina está passando. É preciso bater de porta
em porta e trabalhar duro. Voto por voto. A eleição está aberta.
BLOG DO CORONEL
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