MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de agosto de 2014

Dilma critica visão de ‘governo com poucos’


Sem citar a adversária Marina Silva, petista disse que aqueles que não governam com partidos “flertam com o autoritarismo”
JORNAL O HOJE-GO  | Por: Luiz Redação
Dilma Rousseff e Michel Temer participam de encontro do PMDB com prefeitos paulistas  (Ichiro Guerra)
Dilma Rousseff e Michel Temer participam de encontro do PMDB com prefeitos paulistas (Ichiro Guerra)
No dia seguinte à divulgação de pesquisa eleitoral que mostrou empate técnico na disputa presidencial, a presidente Dilma Rousseff criticou neste sábado o discurso e as propostas de sua principal adversária na disputa presidencial, Marina Silva (PSB).
Sem citar o nome de sua oponente, a petista ressaltou que a visão de se governar com “poucos e bons” é “atrasada” e ressaltou que quem não administra com partidos “está flertando com o autoritarismo”.
Em discurso a prefeitos do interior paulista, no encontro estadual do PMDB, a petista afirmou que há nas eleições presidenciais deste ano desinformação deliberada, dados errados e “gente dizendo que é uma coisa, mas que é outra”.
“Sabe o que acontece com essas ideias aventureiras, obscurantistas e atrasadas? Elas fazem parte de uma proposta aparentemente avançada, demagógica e não sei a que interesse servem”, afirmou.
A presidente criticou propostas presentes no programa de governo de Marina Silva, divulgado na sexta-feira, sobre a exploração do pré-sal e financiamento dos bancos públicos.
De acordo com ela, o programa de governo da adversária propõe reduzir a importância do pré-sal. Ela afirmou ainda que a ideia de aumentar os subsídios às instituições financeiras públicas podem afetar os investimentos do governo federal.
“Agora, vem um programa de governo de um dos candidatos que propõe acabar com a Petrobras, reduzir o papel da Petrobras e tirar da mão dos brasileiros essa possibilidade de transformar petróleo em educação”, criticou.
No mesmo evento, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), também criticou o discurso de Marina Silva e defendeu que a partir de agora a discussão eleitoral foque mais no campo da política.
De acordo com ele, o discurso da candidata de que governará com as melhores pessoas não dá o crédito devido às instituições. Na semana passada, Marina Silva afirmou que deseja ter em um eventual governo a colaboração dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Instituições
“Eu tenho muita preocupação com aqueles que não querem preservar as instituições”, disse. “Há pessoas que dizem que vão governar com pessoas, com desprezo às instituições”, acrescentou.
O líder do PMDB defendeu ainda que não se pode abalar as instituições, que merecem o crédito da sociedade. Ele afirmou ainda que a candidata precisa explicar melhor o que é a “nova política”, conceito defendido pela candidatura do PSB.
“Ela diz que vai governar com pessoas. Eu não entendi muito bem o que é governar com pessoas. É preciso esclarecer melhor o que é nova política. Isso ainda não está claro”, disse. O vice-presidente ressaltou que, a pouco mais de um mês das eleições presidenciais, é necessário que o governo federal inicie uma discussão focada no campo político, e não apenas nas realizações dos últimos anos.
O evento ocorreu no dia seguinte à divulgação da última edição da pesquisa Datafolha, que mostrou um empate no primeiro turno entre Dilma e Marina. No segundo turno, a petista apareceu dez pontos percentuais atrás de sua principal adversária. (Folhapress)

Marina muda capítulo ‘LGBT’ de programa
A coordenação de campanha da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, alterou neste sábado a redação do programa de governo em capítulo com propostas para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais).
Foram eliminados trechos em que a presidenciável se comprometia, se eleita, com a aprovação da lei de identidade de gênero – que permite alteração de nome e sexo na documentação – e em articular no Congresso a aprovação de lei que criminaliza a homofobia. Foi excluída parte que previa a distribuição de material didático “destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e às novas formas de família”.
A introdução do capítulo também foi modificada. Inicialmente, dizia que vivemos em “uma sociedade sexista, heteronormativa e excludente em relação às diferenças” e que “os direitos humanos e a dignidade das pessoas são constantemente violados e guiados, sobretudo, pela cultura hegemônica de grupos majoritários (brancos, homens etc)”.
Também afirmava que “precisamos superar o fundamentalismo incrustado no Legislativo e nos diversos aparelhos estatais, que condenam o processo de reconhecimento dos direitos LGBT e interferem nele”.
Agora diz que “vivemos em uma sociedade que tem muita dificuldade de lidar com as diferenças de visão de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas em cada área da vida” e que “a democracia só avança se superar a forma tradicional de supremacia da maioria sobre a minoria e passar a buscar que todos tenham formas dignas de se expressar e ter atendidos seus interesses”.
Em nota divulgada pela campanha, o texto inicial é classificado como “falha processual na editoração” que não “não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo”.
A coordenação ainda afirma que o programa anterior é um “contratempo indesejável” com “alguns equívocos” e que o novo é o “correto”. “Permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos”, diz o comunicado. (Folhapress)

Aécio prevê ‘frustração’ eleitoral
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou ontem que se frustrará aquele que acreditar no “caminho sobre as águas”. Sem citar sua adversária Marina Silva (PSB), que é evangélica, o tucano disse em São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo) que “a política é um exercício da solidariedade”.
“Aquele que acha que de forma solitária, ou messiânica, pode apresentar um caminho, caminhando sobre as águas, e levar a todos a um futuro melhor, se frustará se acreditar nisso”, afirmou Aécio. Ele disse ainda que política é um exercício permanente do esforço coletivo, “onde várias pessoas de gerações diferentes, de formações diferentes, de regiões diferentes do país, se unem em torno de um projeto coletivo”.
As afirmações foram feitas durante discurso em um evento de campanha em Rio Preto que reuniu membros do PSDB, entre eles o governador Geraldo Alckmin, o candidato ao Senado José Serra e o candidato a vice de Aécio, Aloysio Nunes.
Depois, ao comentar a pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, que mostra recuo das intenções de voto para o tucano, Aécio disse não se importar com os números. “Eu não estou vendo pesquisa, eu estou trabalhando. Obviamente houve uma mudança no quadro eleitoral a partir da morte de Eduardo Campos, mas estou confiante que temos a melhor proposta para o Brasil”, afirmou.
Aécio falou ainda que o programa de governo apresentado por Marina Silva é uma “homenagem” a ele. “O programa dela, na verdade, reforça nossas ideias do ponto de vista econômico. Me senti imensamente homenageado”, disse. (Folhapress)

PT avalia aproximação com o setor privado
A entrada de Marina Silva (PSB) na disputa eleitoral, ameaçando a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), reacendeu dentro da campanha petista o debate sobre a necessidade de acenar na direção do setor privado, sinalizando com ajustes na política econômica para 2015.
Segundo assessores, era praticamente impossível disputar a simpatia do empresariado com Aécio Neves (PSDB). Com Marina, porém, a avaliação é que isto não só é possível como mais factível e até necessário. A reportagem apurou que a ideia tem, hoje, apoio entre assessores da campanha, no grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até em setores do governo, mas Dilma ainda não tomou uma decisão neste sentido.
Antes da morte de Eduardo Campos e sua substituição por Marina, a presidente costumava dizer que não adiantava ficar fazendo sinalizações para um setor que já tinha lado definido – de preferência Aécio Neves e, em segundo lugar, Eduardo Campos.
Agora, destacam assessores, o cenário é diferente. Não só o preferido do empresariado pode ficar fora do segundo turno da eleição como a possível adversária da petista deve ser uma candidata que causava, no passado, arrepios no setor privado.
Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira mostrou Aécio em terceiro lugar, com 15% das intenções de voto, atrás da ex-senadora e de Dilma, ambas com 34%. “Agora temos condições de recuperar o apoio do setor privado para a presidente, não podemos deixar que ele passe, em peso, a ficar do lado de Marina”, diz um interlocutor do ex-presidente Lula.
Um auxiliar presidencial diz, porém, que Dilma ainda não emitiu nenhum sinal de que acatará a proposta e, além disso, há dúvidas dentro do governo sobre o que prometer ao setor privado.
Assessores da campanha dizem, porém, que o governo precisa encontrar uma forma de dialogar e atrair o empresariado que já começa a namorar Marina. A ex-senadora tem feito críticas à política econômica do governo. (Folhapress)

FHC prega apoio a um governo do PSB
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acenou à candidata Marina Silva, do PSB, com um apoio que poderia dar governabilidade a ela em um eventual governo. Na manhã deste sábado, antes da missa de sétimo dia do empresário Antônio Ermírio de Moraes, FHC disse à reportagem que o PSDB poderá entrar na base aliada do PSB caso Marina seja eleita.
“Deixemos ela ser eleita primeiramente, depois decidiremos”, falou após ser questionado sobre o desempenho da candidata nas pesquisas.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira, Marina Silva aparece empatada com a presidente Dilma Rousseff, do PT, com 34% das intenções de voto. Em um possível segundo turno, a candidata pessebista venceria com dez pontos de vantagem, 50% a 40%.
“As pesquisas mostram uma inegável tendência de crescimento da Marina, embora elas representem um quadro momentâneo sobre a eleição”, disse.
FHC também comentou sobre o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre. Com quedas de 0,2% e 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e segundo trimestre, o País está tecnicamente em recessão.
“Era previsível o mau desempenho da economia. O governo atual fez a atividade descarrilar”, afirmou. Segundo ele, as políticas atuais estão equivocadas, mas não especificou quais decisões tomadas pelo governo levaram a tal quadro.

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