A cirurgia de 11 horas foi bastate delicada, mas João está se recuperando bem
Médicos realizaram procedimento inédito em crianças na cirurgia de João Vitor
Foto:
Isonyane Ferreira de Siqueira / Palavra Palhocense
Gabriela Wolff
O cirurgião da equipe médica do Hospital Sírio Libanês, Paulo Chachap,
que realizou o transplante de fígado do menino de Palhoça João Vitor
Loch e sua doadora Tatiana Solonca, falou rapidamente por telefone com a
reportagem na manhã desta sexta-feira.
Ele destaca que devido trombose de algumas veias, os médicos tiveram que realizar uma ponte, procedimento que nunca havia sido realizado antes em crianças:
— O João está se recuperando bem, mas ainda ainda existem momentos delicados do pós-operatório e não há previsão de alta — disse Chachap.
Como foi transplante
A preparação começou cedo no dia 20, às cinco horas. O primeiro a entrar na sala de cirurgia foi João. Segundo informações repassadas pelo corpo médico à repórter Kiria Meurer, da RBSTV, existia uma preocupação com uma trombose na veia porta do menino, mas ao examiná-lo, os médicos optaram por seguir com o procedimento. Cerca de uma hora e meia depois, foi a vez de Tatiana.
Durante todo o dia, uma amiga de Tatiana, que foi de Palhoça para São Paulo cuidar da doadora, atualizava os conhecidos por uma rede social. Isonyane Ferreira de Siqueira estava junto com dona Maria de Freitas, avó de João. Elas relataram ter passado por momentos de angústia, principalmente quando, por volta das 16h, os médicos avisaram que a cirurgia ainda poderia demorar mais duas horas.
Pouco depois das 18h, Isonyane postou a notícia que todos esperavam: o transplante havia terminado e os dois estavam bem. O cirurgião pediátrico João Seda Neto explicou aos familiares que o procedimento havia sido muito complexo em João, mas o resultado final havia sido bom. Já a cirurgia de Tatiana ocorreu com muita tranquilidade. A avó Maria finalmente pode respirar aliviada:
— É um alívio saber que deu tudo certo na cirurgia. Lembro de todo a luta que já passamos até esse dia, o quanto o João já sofreu. Tenho fé que agora tudo vai ser melhor — disse a avó Maria.
Estatísticas
Dados da Associação Brasileira de Tranplantes (ABTO) mostram que dos 852 transplantes de rim no Brasil no primeiro semestre de 2014, apenas 72 foram de doadores vivos. Entre não parentes, a estatística é ainda menor: apenas nove casos. O presidente da ABTO, Marcos Pacheco, explica que transplantes realizados em crianças são sempre procedimentos de alta complexidade, e são poucas equipes que realizam no país.
— A taxa de sobrevida é muito grande nestes casos, cerca de 80% de cura. O pequeno pedaço que é transplantado vai crescer dentro do corpo da criança.
Ele explica que a autorização judicial é necessária para transplantes entre não parentes para proteger o sistema de transplantes, evitando a coação e venda de órgãos.
Ele destaca que devido trombose de algumas veias, os médicos tiveram que realizar uma ponte, procedimento que nunca havia sido realizado antes em crianças:
— O João está se recuperando bem, mas ainda ainda existem momentos delicados do pós-operatório e não há previsão de alta — disse Chachap.
Como foi transplante
A preparação começou cedo no dia 20, às cinco horas. O primeiro a entrar na sala de cirurgia foi João. Segundo informações repassadas pelo corpo médico à repórter Kiria Meurer, da RBSTV, existia uma preocupação com uma trombose na veia porta do menino, mas ao examiná-lo, os médicos optaram por seguir com o procedimento. Cerca de uma hora e meia depois, foi a vez de Tatiana.
Durante todo o dia, uma amiga de Tatiana, que foi de Palhoça para São Paulo cuidar da doadora, atualizava os conhecidos por uma rede social. Isonyane Ferreira de Siqueira estava junto com dona Maria de Freitas, avó de João. Elas relataram ter passado por momentos de angústia, principalmente quando, por volta das 16h, os médicos avisaram que a cirurgia ainda poderia demorar mais duas horas.
Pouco depois das 18h, Isonyane postou a notícia que todos esperavam: o transplante havia terminado e os dois estavam bem. O cirurgião pediátrico João Seda Neto explicou aos familiares que o procedimento havia sido muito complexo em João, mas o resultado final havia sido bom. Já a cirurgia de Tatiana ocorreu com muita tranquilidade. A avó Maria finalmente pode respirar aliviada:
— É um alívio saber que deu tudo certo na cirurgia. Lembro de todo a luta que já passamos até esse dia, o quanto o João já sofreu. Tenho fé que agora tudo vai ser melhor — disse a avó Maria.
Estatísticas
Dados da Associação Brasileira de Tranplantes (ABTO) mostram que dos 852 transplantes de rim no Brasil no primeiro semestre de 2014, apenas 72 foram de doadores vivos. Entre não parentes, a estatística é ainda menor: apenas nove casos. O presidente da ABTO, Marcos Pacheco, explica que transplantes realizados em crianças são sempre procedimentos de alta complexidade, e são poucas equipes que realizam no país.
— A taxa de sobrevida é muito grande nestes casos, cerca de 80% de cura. O pequeno pedaço que é transplantado vai crescer dentro do corpo da criança.
Ele explica que a autorização judicial é necessária para transplantes entre não parentes para proteger o sistema de transplantes, evitando a coação e venda de órgãos.
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