"O que nós pensamos, e o que Marina está dizendo, é que terminadas as eleições nós vamos conversar com o PT e o PSDB", disse Roberto Amaral, presidente do partido.
Do site do PSB:
Em entrevista ao Valor Econômico,
Roberto Amaral, presidente do PSB, falou sobre candidatura de Marina
Silva como substituta de Eduardo Campos após sua morte, e sobre
as conversas que o partido deve ter com PT e PSDB após as eleições. Leia
um trecho:
Valor: A
candidatura Eduardo Campos era a expressão de um projeto de terceira
via que levou o PSB a ser o partido que mais cresceu nas duas últimas
eleições. O que o PSB espera de Marina Silva para a consolidação desse
processo?
Amaral:
Evidentemente que nós queríamos que esse projeto fosse liderado pelo
Eduardo. É um projeto que não começou agora. A reeleição do Eduardo (ao
governo de Pernambuco, em 2010) mostrou que havia já maturidade e
condições objetivas de encetar esse projeto.
Valor:
Hoje as bases da governabilidade estão assentadas nas emendas
parlamentares, cargos no governo e quase nenhum programa. Como escapar,
no dia seguinte à eleição, da negociação fisiológica com o Congresso
para a constituição de uma maioria estável?
Amaral:
Esse presidencialismo de coalizão está esgotado. O que nós pensamos, e o
que Marina está dizendo, é que terminadas as eleições nós vamos
conversar com o PT e o PSDB. Conversar com os partidos é uma coisa…
Valor: Institucionalmente?
Amaral:
Institucionalmente. Isso é uma coisa. Outra coisa é leilão. Esse leilão
que se assiste aí, essa cornucópia, essa coisa imoral. O que ocorre com
essa chantagem da governabilidade? Um governo de esquerda, quando se
elege, precisa ampliar. Ele não pode ampliar para a esquerda, então tem
que ampliar para a direita. Se opta pela direita, muitas de suas metas
deixam de ser executadas, ou por razões programáticas ou porque elas são
entregues a pessoas que não pensam daquele jeito. Tem que haver
composição e diálogo com o Congresso, mas em função de uma linha
programática.
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