Projeto criado há 3 anos propõe alternativa sustentável e econômica.
Ipea aponta que déficit de aproximadamente 20 mil casas em João Pessoa.
Casa de gesso foi construída em 2011, na UFPB (Foto: Normando Perazzo/Arquivo Pessoal)
Três blocos principais dão a sustenção dasparedes da casa, segundo professor da UFPB
(Foto: Normando Perazzo/Arquivo Pessoal)
“Você agride menos o ambiente porque usa muito menos energia para produzir um bloco de gesso. Enquanto o cimento precisa de uma temperatura de 1.450°C e os blocos cerâmicos de 800ºC a 1.000º C, o gesso se forma com apenas 150°C. Outro benefício é com relação às perdas de material, que oneram o custo da obra. Eles podem ser totalmente evitados com os blocos de gesso, desde que haja um bom projeto. Além disso, o tempo de construção é diminuído porque a altura média de uma parede é alcançada apenas com três blocos”, detalhou o professor.
Ainda que criada há três anos a partir de um financiamento da Finep-Habitare, mesmo tempo que a casa protótipo foi construída, o projeto ainda não se tornou um realidade no mercado. “Falta a Universidade sair do seu casulo e apresentar à iniciativa privada os produtos que nela são desenvolvidos. Infelizmente essa missão é deixada para os próprios professores, já demasiadamente ocupados, e eles não encontram tempo para cuidar dessas articulações”, avaliou Perazzo.
Dados da Secretaria Municipal de Habitação (Semhab) apontam que até abril deste ano existiam 16 projetos para construção de 1.062 moradias populares em diversos bairros de João Pessoa com o custo total aproximado de R$ 20,2 milhões.
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