O
ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, afirma que alguns
estádios foram construídos com "dinheiro que não existe". Ah, adivinhem
quem vai pagar a conta. Bom lembrar que o blogueiro aqui sempre chamou a
coisa de Copa da Roubalheira, independentemente do mérito ou demérito
das seleções. Aliás, alguém viu o Fuleco por aí? Deve estar escondido
debaixo da poltrona do Lula, lá em São Bernardo:
Em
entrevista publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”, nesta
segunda-feira, 30 de junho, o presidente do Instituto Millenium, Gustavo
Franco, afirma que a construção dos estádios da Copa do Mundo são
“exemplos de irresponsabilidade fiscal” do atual governo. “Alguns
estádios foram construídos com dinheiro que não existe, aumentando a
dívida do governo. Se queríamos exemplos de irresponsabilidade fiscal
que todos entendessem, a Copa foi um espetáculo”, critica. O
ex-presidente do Banco Central também fala sobre a inflação, o Plano
Real e as perspectivas para as eleições de outubro.
O
economista recomenda cautela com a inflação. Segundo Franco, o país
sempre sofrerá com a ameaça de alta dos preços. “A inflação é uma doença
que vai nos ameaçar sempre”. Apesar disso, ele destaca os progressos
institucionais, como a mudança de status do Banco Central, e a criação
da Lei de Responsabilidade Fiscal como importantes mecanismos para o
controle dos riscos decorrentes da inflação. Franco aponta a
responsabilidade fiscal, a questão do câmbio flutuante e o bom
relacionamento com o mercado como pontos importantes de uma politica de
combate a inflação.
Um dos
idealizadores do Plano Real, que acaba de completar 20 anos, Gustavo
Franco acredita que o êxito do projeto foi reduzir a inflação, que
chegou perto de 12.000% ao ano, para 1,6% em 1998, sem praticamente
nenhuma alteração do desemprego.
Na
entrevista, o economista ainda destaca o compromisso com a gestão das
contas públicas como uma questão prioritária. “O próximo governo precisa
de uma proposta de orçamento transparente. Nunca organizamos direito
nosso orçamento, que é o centro econômico de qualquer democracia digna
desse nome”, conclui. (Imil).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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